Tipos de endometriose: entenda os estágios e sintomas

A endometriose é uma condição em que o tecido que reveste o interior do útero, chamado endométrio, também cresce fora dele. São chamados de implantes endometriais. Iremos ver, mais a frente, quais são os tipos de endometriose que existem.

Esses implantes endometriais são geralmente encontrados na pelve ou no abdômen. Podem crescer em revestimentos e órgãos, como as trompas de falópio ou ovários.

Como o endométrio, o tecido se acumula e se derrama com o ciclo menstrual. Mas ao longo do tempo, o tecido que foi derramado não tem para onde ir e fica preso. Isso pode levar a inflamação, cicatrizes e cistos.

Tipos de endometriose

Os especialistas agrupam a endometriose por seu estágio e tipo. Isso é baseado em coisas diferentes, como:

localização;
profundidade;
tamanho;
quantidade de tecido.

O tipo de endometriose que você tem e seus sintomas, vão definir no tipo de tratamento a que você será submetida.

Estágios da endometriose

Existem diferentes maneiras de medir os tipos de endometriose. Os médicos atribuem pontos de acordo com:

a extensão do tecido endometrial;
sua profundidade;
as áreas do corpo que são afetadas.

Com base nos resultados, a condição é classificada em uma das quatro fases:

Estágio 1 ou mínimo: existem alguns pequenos implantes ou pequenas feridas ou lesões. Eles podem ser encontrados em seus órgãos ou no tecido que reveste a pélvis ou o abdômen. Há pouco ou nenhum tecido cicatricial.
Estágio 2 ou leve: há mais implantes do que no estágio 1. Eles também estão mais profundos no tecido, e pode haver algum tecido cicatricial.
Estágio 3 ou moderado: existem muitos implantes profundos. Você também pode ter pequenos cistos em um ou ambos os ovários e bandas grossas de tecido cicatricial, chamadas adesões .
Estágio 4 ou grave: este é o mais difundido. Você tem muitos implantes profundos e aderências espessas. Há também grandes cistos em um ou ambos os ovários.

A endometriose nem sempre vai de um estágio para o outro. Se não for tratada, pode permanecer a mesma ao longo do tempo, assim como pode piorar ou melhorar.

Tipos de endometriose: variações de área

A endometriose também é agrupada por qual área da pelve ou do abdômen ela afeta. Existem quatro tipos de endometriose principais:

Endometriose peritoneal superficial

O peritônio é uma membrana fina que reveste o abdômen e a pelve. Também cobre a maioria dos órgãos nessas cavidades. Nesses tipos de endometriose, o tecido endometrial se liga ao peritônio. Esta é a forma menos grave.

Apesar de receber o título de superficial, pode causar dores intensas.

Endometriomas ou moderadas

Estes tipos de endometriose são caracterizados por apresentar cistos escuros e cheios de líquido. Eles também são chamados de cistos de chocolate.

Variam em tamanho e podem aparecer em diferentes partes da pélvis ou do abdômen, mas são mais comuns nos ovários. Podem alterar o processo da foliculogênese, afetando diretamente a ovulação e a fertilidade feminina.

Leia também: O que causa infertilidade na mulher: 6 principais razões

Endometriose profunda

É a forma mais severa de endometriose e, por consequência, a que promove maior grau de infertilidade feminina. Nestes tipos de endometriose, o tecido endometrial invadiu os órgãos dentro ou fora de sua cavidade pélvica. Isso pode incluir seus ovários, reto, bexiga e intestinos.

É raro, mas às vezes um monte de tecido cicatricial pode unir órgãos para que eles fiquem presos no lugar. Esta condição é chamada pelve congelada.

Um exemplo de endometriose profunda é a endometriose de septo retovaginal, que acomete a região entre a vagina e o reto. Esse subtipo de endometriose pode gerar muito desconforto e dor na hora da relação sexual, além de promover alterações no hábito intestinal (constipação) e urinário (dor para urinar).

Endometriose da parede abdominal

Neste tipo de endometriose, o tecido endometrial pode crescer na parede abdominal. A endometriose pode estar presente em cicatrizes cirúrgicas de incisões abdominais, principalmente após a incisão do parto cesáreo.

Tipos de endometriose

Sintomas da endometriose

Em todos os tipos de endometriose, o principal sintoma é a dor na pélvis, geralmente durante o período menstrual. Você também pode sentir dor durante:

o sexo;
evacuações;
quando faz xixi.

Outros sintomas incluem:

menstruação intensa;
fadiga;
diarréia ou constipação;
inchaço;
náusea.

Na maioria das vezes, o estágio e o tipo de endometriose não afetam seus sintomas. Por exemplo, uma pessoa com endometriose estágio 1 pode ter pior dor do que alguém com estágio 4. A exceção é a infertilidade.Mulheres com estágios 3 ou 4 são mais propensas a ter problemas para engravidar do que aquelas com estágios 1 ou 2.

Como os estágios e os tipos de endometriose são diagnosticados?

A única maneira de como descobrir a endometriose e diagnosticá-la verdadeiramente é por laparoscopia. Você vai receber anestesia geral para esta cirurgia. Um cirurgião fará um pequeno corte e inserirá uma pequena e fina ferramenta de visualização em seu estômago para procurar sinais de endometriose. Será retirado uma pequena amostra de tecido para biópsia. Isso ajudará a descartar outras causas para os sintomas apresentados.

Seu médico só pode ver endometriose peritoneal superficial por laparoscopia. Mas antes que ele sugira uma cirurgia, ele solicitará um exame pélvico para sentir um cisto, e pode pedir um ultrassom ou ressonância magnética para procurar um endometrioma.

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O tipo de endometriose e o estágio afetam o tratamento?

Os médicos geralmente decidem o tratamento com base nos sintomas e se você deseja engravidar.

Na maioria dos casos, você começará com medicação para dor. O tratamento pode ser feito por meio da combinação de medicamentos e cirurgia.

Cada tratamento deve ser feito de forma individualizada, sendo indispensável a associação da história clínica, exame físico e exames subsidiários. Uma opção para mulheres que não desejam engravidar é remover cirurgicamente o útero. Isso é chamado de histerectomia .

Apenas um profissional poderá solicitar a realização dos exames adequados e a conduta ideal de tratamento para o problema: seu médico. Por isso, procure sempre o auxílio de um ginecologista e visite-o anualmente.

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