O que é fisiopatologia? Como funciona? Exemplos?

A fisiopatologia estuda os processos fisiológicos desordenados que causam doenças ou lesões em um indivíduo. 

Neste artigo, você vai entender em detalhes o que é fisiopatologia, como ela funciona e vai ver alguns exemplos, como a fisiopatologia da diabetes, do sistema cardiovascular e respiratória.

Vamos lá?

O que é fisiopatologia?

Para começar a entender o que é fisiopatologia, podemos partir de sua origem etimológica. O termo vem do grego “pathos” = sofrimento; “physis” = natureza, origem; e “logos” = “o estudo de”. Assim, podemos defini-la como sendo o estudo da natureza de uma doença.

O objetivo da fisiologia, portanto, é investigar as mudanças anormais nas funções corporais que são as causas, ou consequências, de distúrbios físicos, mentais ou psicofisiológicos. 

Como funciona a fisiopatologia?

A fisiopatologia é uma convergência da patologia, disciplina que descreve condições observadas durante um estado de doença, com a fisiologia, disciplina que descreve processos ou mecanismos que operam dentro de um organismo. 

Assim, a pesquisa fisiopatológica visa identificar marcadores biológicos e mecanismos que ajudem a explicar as mudanças funcionais, estruturais e bioquímicas, que acontecem a nível celular, tecidual e de órgãos e sistemas, devido a um estado patológico.

Dessa forma, com a ajuda da fisiopatologia, é possível compreender todo o processo de uma doença: suas causas, como ela evolui e também que alterações e manifestações clínicas gera no indivíduo. 

No próximo tópico, vamos mostrar alguns exemplos de fisiopatologia para você entender melhor. Continue acompanhando!

Saiba mais sobre como funciona a fisiopatologia, no vídeo abaixo:

Exemplos de fisiopatologia

Fisiopatologia cardiovascular

A fisiopatologia cardiovascular engloba variadas condições que perturbam o funcionamento desse sistema.

Vamos tomar como exemplo a fisiopatologia da aterosclerose, uma das principais causas de doenças cardiovasculares, entendendo todo o processo que envolve esta patologia. 

Temos primeiro os variados fatores de risco para essa condição:

  • colesterol alto; 
  • hipertensão 
  • e tabagismo.

Daí, passamos para as alterações fisiológicas que podem ocorrer quando esses fatores desencadeiam mecanismos de oxidação e inflamação na parede da artéria que, com o tempo, dá origem a lesões gordurosas-fibrosas características da aterosclerose. 

Passamos então às manifestações clínicas: o trauma físico e a inflamação produzem a ruptura da lesão, que pode levar a eventos como ataque cardíaco e derrame. 

Teremos aqui ainda vários biomarcadores que vão auxiliar a identificar a progressão da doença, como por exemplo: 

  • O indicador inflamatório CRP (proteína C reativa), indica o crescimento da placa de ateroma;
  • O marcador inflamatório CD40 e a proteína do miofilamento cardíaco, a troponina, são indicadores de ataque cardíaco;

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Fisiopatologia da diabetes

A fisiopatologia do diabetes depende do tipo da doença, mas, no geral, envolve distúrbios nos mecanismos responsáveis pelas concentrações plasmáticas de glicose no sangue. 

A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, na qual o próprio sistema imunológico ataca e destrói as células beta do pâncreas produtoras de insulina, hormônio responsável pela redução da taxa de glicose no sangue. 

Ainda podem haver outras doenças autoimunes associadas, ou seja, que podem desencadear o diabetes tipo 1, incluindo vitiligo e hipotireoidismo. 

Esse tipo da doença sempre requer terapia com insulina, não respondendo aos medicamentos orais que estimulam esse hormônio.

Já a diabetes tipo 2 é causada por uma resistência à insulina, que dessa vez é produzida pelo pâncreas, mas não consegue atuar direito. 

Para compensar, sua produção é acelerada por esse órgão, que, com o tempo, fica exausto, fazendo com que as células produtoras de insulina comecem a falhar e o açúcar no sangue se torne permanentemente alto. 

A obesidade é a principal causa da resistência à insulina. Na maioria dos casos, com o tempo, os pacientes precisam tomar insulina quando os medicamentos orais não estimulam a liberação adequada desse hormônio.

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Fisiopatologia do sistema respiratório

Em fisiopatologias do sistema respiratório, a função fisiológica perturbada do indivíduo é a respiração. 

Podemos tomar como exemplo a fisiopatologia da asma, condição que afeta os pulmões, mais especificamente a árvore brônquica, estrutura responsável por distribuir o ar pelos pulmões até chegar aos sacos alveolares, local onde ocorrem as trocas gasosas entre o ar e o sangue.

Os brônquios contém músculo liso e fibras elásticas para manter sua integridade de parede, que muda com base em sua contração e relaxamento.

Na fisiologia respiratória normal, complacência pulmonar é a disposição para os pulmões se distenderem, enquanto elastância é a capacidade dos pulmões de retornar à posição de repouso. 

Em pacientes com asma, esse mecanismo é comprometido devido à inflamação, causando estreitamento dos brônquios e dificultando a passagem do ar, provocando contrações (broncoespasmos), que tornam a respiração difícil.

Existem vários fatores que podem provocar crises asmáticas, como, por exemplo, a exposição a produtos irritantes e alérgenos como: 

  • pólen, 
  • mofo, 
  • ácaros, 
  • fumaça de cigarro, 
  • poluentes do ar, 
  • gases químicos, 
  • inseticidas, 
  • poeiras 
  • e até determinados alimentos, como o leite e os ovos.

A asma é uma doença crônica, ou seja, ela não tem cura. Mas seus sintomas podem ser controlados e aliviados com medicamentos.

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Agora que você já sabe o que é fisiopatologia, deve ter percebido que muitas doenças possuem fatores de risco e causas gerenciáveis, não é mesmo?

Por isso, lembre-se de que a prevenção é sempre a melhor maneira de cuidar de sua saúde!

Mantenha hábitos saudáveis: exercite-se, alimente-se bem, cuide de sua saúde mental e realize um check-up periódico de saúde, mesmo não apresentando sintomas. 

Um simples teste solicitado em uma consulta de rotina pode salvar sua vida, ao possibilitar diagnosticar precocemente uma doença.

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