Tudo sobre tumor cerebral: dos sintomas aos principais tratamentos

Um tumor cerebral é um crescimento de células no cérebro que se multiplica de forma anormal e incontrolável. Vamos agora saber tudo sobre tumor cerebral.

Tudo sobre tumor cerebral

Graus e tipos de tumor cerebral

A rapidez com que um tumor cerebral cresce pode variar muito. A taxa de crescimento, bem como a localização de um tumor determina como isso afetará a função do sistema nervoso. As mesmas variáveis são usadas para definir qual opção de tratamento será escolhida.

Existem dois tipos/graus principais de tumor cerebral:

Tumores cerebrais não cancerosos (benignos) são de baixo grau (grau um ou dois), o que significa que eles crescem lentamente e são menos propensos a retornar após o tratamento;
Tumores cerebrais cancerosos (malignos) são de alto grau (grau três ou quatro) e começam no cérebro (tumores primários) ou disseminam-se para o cérebro a partir de outros locais (tumores secundários ou metásticos); é mais provável que voltem a crescer após o tratamento.

É importante você conhecer tudo sobre tumor cerebral para ajudar seu médico nas informações e diagnóstico.

Existem cerca de 130 tipos diferentes de tumores cerebrais. Eles geralmente são nomeados após a definição do tipo de célula que eles desenvolvem. Os mais recorrentes são:

Neuroma acústico (Schwannoma vestibular): é um tumor não canceroso e geralmente de crescimento lento que se desenvolve no nervo principal (vestibular) que vai do ouvido interno até o cérebro. Ramos desse nervo influenciam diretamente o seu equilíbrio e audição, e a pressão de um neuroma acústico pode causar perda auditiva, zumbido no ouvido e instabilidade.
Metástases cerebrais: as metástases cerebrais ocorrem quando as células cancerosas se espalham do local original para o cérebro. Elas criam pressão e alteram a função do tecido cerebral circundante.
Carcinoma do plexo coróide: é um tumor cerebral maligno raro que ocorre principalmente em crianças. Um carcinoma do plexo coróide começa perto do tecido cerebral que secreta o líquido cefalorraquidiano.
Craniofaringioma: é um tipo raro de tumor cerebral. Começa perto da glândula pituitária do cérebro, que secreta hormônios que controlam muitas funções do corpo.
Tumores embrionários: Os tumores embrionários do sistema nervoso central são tumores cancerígenos que se iniciam nas células fetais (embrionárias) do cérebro. Podem ocorrer em qualquer idade, mas na maioria das vezes ocorrem em bebês e crianças.
Glioblastoma: é um tipo de câncer que pode se formar no cérebro ou na medula espinhal. O astrocitoma começa em células chamadas astrócitos que suportam as células nervosas.
Glioma: é um tipo de tumor que ocorre no cérebro e na medula espinhal. Os gliomas começam nas células gliais de suporte que envolvem as células nervosas e as ajudam a funcionar. Incluem os Astrocitomas, Ependimoma e Oligodendroglioma.
Meduloblastoma: é um tumor cerebral maligno que começa na parte inferior das costas do cérebro, chamado cerebelo. O cerebelo está envolvido na coordenação muscular, equilíbrio e movimento.
Meningioma: é um tumor que surge das meninges, as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Embora não seja tecnicamente um tumor cerebral, está incluído nesta categoria porque pode comprimir ou espremer o cérebro, os nervos e os vasos adjacentes. É o tipo mais comum de tumor que se forma na cabeça.
Tumores cerebrais pediátricos: são massas ou crescimentos de células anormais que ocorrem no cérebro de uma criança ou nos tecidos e estruturas que estão perto dela.
Pineoblastoma: é um tipo raro e agressivo de câncer que começa nas células da glândula pineal do cérebro. Sua glândula pineal, localizada no centro do cérebro, produz um hormônio (melatonina) que desempenha um papel no seu ciclo natural de sono-vigília.
Tumores hipofisários: são crescimentos anormais que se desenvolvem na glândula pituitária. Alguns tumores hipofisários resultam em muitos dos hormônios que regulam funções importantes do corpo.
Linfoma: é um câncer do sistema linfático. Os sintomas iniciais podem ser alterações na personalidade e convulsões ou alterações neurológicas.

Sintomas do tumor cerebral

Seu crânio é feito de osso, então há uma quantidade fixa de espaço para o cérebro assumir. Se houver um tumor crescente, ele pode aumentar a pressão dentro do crânio.

Os sinais e sintomas de um tumor cerebral variam muito e dependem do tamanho, localização e taxa de crescimento do tumor cerebral, e podem incluir:

Dores de cabeça que gradualmente se tornam mais frequentes e mais graves
Náuseas ou vômitos inexplicáveis
Problemas de visão, como visão turva, visão dupla ou perda da visão periférica
Perda de sensibilidade em qualquer parte do corpo
Dificuldade com o equilíbrio
Movimentos involuntários
Dificuldades de fala
Confusão em assuntos cotidianos
Personalidade ou mudanças de comportamento
Convulsões, especialmente em alguém que não tem histórico de convulsões
Problemas de audição
Fraqueza ou rigidez muscular

Tudo sobre tumor cerebral

Fonte: TomoCentro Sul de Minas

Causas do tumor cerebral

As causas são variadas e muitas vezes desconhecidas. Quando a pessoa tem um tumor no pulmão, por exemplo, algumas células dessa lesão podem cair na corrente sanguínea e se instalar em qualquer parte do organismo, inclusive no cérebro.

Os tumores cerebrais primários se originam no próprio cérebro ou em tecidos próximos a ele, como nas membranas que o cobrem (meninges), nervos cranianos, glândula pituitária ou glândula pineal.

Os tumores começam quando as células normais adquirem mutações em seu DNA. Essas mutações permitem que as células cresçam e se dividam a taxas maiores e continuem vivendo enquanto células saudáveis morrem. O resultado é uma massa de células anormais, que forma um tumor.

Os tumores cerebrais secundários (metastáticos) são tumores que resultam de um câncer que começa em outras partes do corpo e se espalha (metastiza) para o cérebro.

Ocorrem com mais frequência em pessoas com histórico de câncer. Em adultos, os tumores cerebrais secundários são muito mais comuns do que os tumores cerebrais primários.

É importante saber tudo sobre tumor cerebral e que qualquer câncer pode se espalhar para o cérebro, mas tipos comuns incluem:

câncer de mama;
câncer de colo de útero;
câncer de rins;
câncer de pulmão;
melanoma.

Fatores de risco do tumor cerebral

Nós não sabemos o que causa a maioria dos cânceres cerebrais. Mas existem alguns fatores que podem aumentar o risco de desenvolvê-lo, como por exemplo:

Exposição à radiação. As pessoas que foram expostas a um tipo de radiação chamada radiação ionizante têm um risco aumentado de tumor cerebral. Exemplos de radiação ionizante incluem a terapia de radiação usada para tratar câncer e exposição à radiação causada por bombas atômicas.
História familiar de tumores cerebrais. Uma pequena porção de tumores cerebrais ocorre em pessoas com história familiar de tumores cerebrais ou uma história familiar de síndromes genéticas que aumentam o risco de tumores cerebrais.
Idade. As pessoas podem ter tumores cerebrais em qualquer idade. À medida que envelhecemos nosso risco de tumores cerebrais aumenta.
Cânceres anteriores. Pessoas que tiveram câncer quando crianças têm um risco maior de desenvolver um tumor cerebral mais tarde. As pessoas que tiveram leucemia, linfoma não Hodgkin ou um tumor cerebral de glioma quando adultos também apresentam um risco aumentado.
Gênero. Você já sabe quase tudo sobre tumor cerebral. Sabia também que o câncer do Sistema Nervoso Central (que inclui o cérebro e a medula espinhal) é mais comum em homens do que em mulheres?
Exposição ao cloreto de vinil (utilizado na produção de plástico)
HIV/AIDS. Pessoas com HIV ou AIDS têm cerca do dobro do risco de serem diagnosticadas com um tumor cerebral em comparação com a população em geral. Isso pode estar relacionado à baixa imunidade.

Exames e diagnóstico

Se houver a suspeita de um tumor no cérebro, o médico pode recomendar vários exames para diagnóstico de câncer, incluindo:

exame neurológico. Um exame neurológico pode incluir, entre outras coisas, a verificação da visão, audição, equilíbrio, coordenação, força e reflexos. Dificuldade em uma ou mais áreas pode fornecer pistas sobre a parte do cérebro que pode ser afetada por um tumor cerebral.
testes de imagem. Ressonância magnética (RM) é comumente usada para ajudar a diagnosticar tumores cerebrais. Em alguns casos, um corante pode ser injetado através de uma veia do braço. Isso pode ajudar o médico a avaliar o tumor e planejar o tratamento.

Outros exames de imagem também são recomendados, incluindo tomografia computadorizada (TC). A tomografia por emissão de pósitrons (PET) pode ser usada para imagens do cérebro, mas geralmente não é tão útil para criar imagens de câncer no cérebro quanto para outros tipos de câncer.

Também podem ser usados para diagnosticar tumor cerebral, testes para encontrar câncer em outras partes do seu corpo. Se houver suspeita de que o tumor cerebral pode ser resultado de câncer que se espalhou de outra área do corpo, o médico pode recomendar testes e procedimentos para determinar onde o câncer se originou. Um exemplo pode ser uma tomografia computadorizada ou PET para procurar sinais de câncer de pulmão.

Também é possível coletar e testar uma amostra de tecido anormal (biópsia). Uma biópsia pode ser realizada como parte de uma operação para remover o tumor cerebral, ou uma biópsia pode ser realizada usando uma agulha.

Uma biópsia por agulha estereotáxica pode ser feita para tumores cerebrais em áreas de difícil acesso ou áreas muito sensíveis dentro de seu cérebro que podem ser danificadas por uma operação mais extensa.

Seu neurocirurgião faz um pequeno buraco no crânio. Uma agulha fina é então inserida no orifício. O tecido é removido usando a agulha, que normalmente é guiada por tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Leia também: Diferença entre Tomografia e Ressonância Magnética [GUIA]

A amostra da biópsia é então vista sob um microscópio para determinar se é cancerígena ou benigna. Testes laboratoriais sofisticados podem dar ao médico pistas sobre o prognóstico e opções de tratamento.

Entre as outras formas possíveis de diagnosticar um tumor no cérebro estão:

Angiograma cerebral. É um raio X que pode mostrar os vasos sanguíneos através da injeção de um corante (meio de contraste). Serve para detectar quais vasos sanguíneos suprem o tumor e se o tumor está perto de qualquer vaso sanguíneo importante.
Punção lombar. É um teste para verificar o fluido que circula ao redor do cérebro e da medula espinhal, chamado de líquido cefalorraquidiano.
Neuroendoscopia. É um teste para tirar uma amostra de tecido de um tumor ou retirar algum fluido de seu cérebro (líquido cefalorraquidiano).

Tratamento do tumor cerebral

Você já tem conhecimento de quase tudo sobre tumor cerebral. Vamos agora passar para o tratamento.

O tratamento depende do tipo, tamanho e localização do tumor, bem como da saúde geral e das suas preferências do paciente.

Uma equipe de médicos e outros profissionais irão decidir o melhor tratamento, seus benefícios e possíveis efeitos colaterais. É a chamada equipe multidisciplinar (MDT).

Os principais tratamentos para tumores cerebrais e da medula espinhal incluem:

cirurgia;
radioterapia;
quimioterapia.

Cirurgia

Se o tumor cerebral estiver localizado em um lugar que o torne acessível para uma operação, o cirurgião trabalhará para remover o máximo possível do tumor.

Em alguns casos, os tumores são pequenos e fáceis de separar do tecido cerebral circundante, o que possibilita a remoção cirúrgica completa. Em outros casos, os tumores não podem ser separados do tecido circundante ou estão localizados perto de áreas sensíveis do cérebro, tornando a cirurgia arriscada. Nestas situações, o médico remove o tumor tanto quanto for seguro.

Remover uma parte do tumor cerebral pode ajudar a reduzir seus sinais e sintomas. Cirurgia para remover um tumor cerebral traz riscos, como infecção e sangramento. Outros riscos podem depender da parte do cérebro onde o tumor está localizado. Por exemplo, a cirurgia em um tumor perto de nervos que se conectam a seus olhos pode ter um risco de perda de visão.

Radioterapia

A radioterapia usa feixes de alta energia, como raios-X ou prótons, para matar células tumorais.

A radioterapia pode vir de uma máquina fora do seu corpo (radiação de feixe externo), ou, em casos muito raros, a radiação pode ser colocada dentro do corpo próximo ao tumor cerebral (braquiterapia).

A radiação de feixe externo pode se concentrar apenas na área do cérebro onde o tumor está localizado, ou pode ser aplicada a todo o cérebro (radiação do cérebro inteiro). A radiação cerebral total é mais usada para tratar o câncer que se espalha para o cérebro a partir de alguma outra parte do corpo e forma múltiplos tumores no cérebro.

Os efeitos colaterais da radioterapia dependem do tipo e dose de radiação que você recebe e incluem:

fadiga;
dores de cabeça;
perda de memória;
irritação do couro cabeludo.

Quimioterapia

A quimioterapia usa drogas para matar células tumorais. Os medicamentos quimioterápicos podem ser tomados por via oral em forma de comprimidos ou injetados por via intravenosa (diretamente na veia).

Os efeitos colaterais da quimioterapia dependem do tipo e dose de medicamentos que você recebe. A quimioterapia pode causar náuseas, vômitos e queda de cabelo.

Terapia medicamentosa direcionada

Os tratamentos medicamentosos direcionados se concentram em anormalidades específicas presentes nas células cancerígenas. Ao bloquear essas anormalidades, os tratamentos direcionados às drogas podem causar a morte das células cancerígenas.

Reabilitação do paciente com tumor cerebral

Agora que você já sabe tudo sobre tumor cerebral e como eles podem se desenvolver em partes do cérebro que controlam habilidades motoras, fala, visão e pensamento, compreender como acontece a reabilitação do paciente, é uma parte necessária da recuperação.

Dependendo das suas necessidades, o seu médico pode encaminhá-lo para:

fisioterapia para ajudá-lo a recuperar habilidades motoras perdidas ou força muscular;
terapia ocupacional para ajudá-lo a voltar às suas atividades diárias normais;
fonoaudiologia com especialistas em dificuldades de fala (fonoaudiólogos);
tutoria para crianças em idade escolar para ajudar as crianças a lidar com as mudanças em sua memória e pensar depois de um tumor cerebral;
tratamentos complementares podem ajudá-lo a lidar com o estresse de um diagnóstico de tumor cerebral, como a acupuntura, a arteterapia, a meditação, a terapia musical e exercícios de relaxamento.

Faça um check up regularmente e, em caso de notar alguns dos sintomas, procure um médico imediatamente.

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