Como é feita a Ultrassonografia Obstétrica e porque realizar
Está grávida? Vai fazer sua primeira ultrassonografia? Parabéns! Não está grávida, mas quer saber mais sobre como é feita a Ultrassonografia Obstétrica, sinta-se bem-vindo também!
Mamães normalmente são muito curiosas e uma das dúvidas mais comuns, logo no início da gravidez, é como é feito o Ultrassom Obstétrico.
Você provavelmente já viu uma cena como a apresentada na imagem abaixo:
Fonte: Dr. Dráuzio Varella
Essa é a imagem que representa perfeitamente como é feita a Ultrassonografia Obstétrica. A seguir, vamos tentar explicar:
- os efeitos que a gestante sente;
- o que é possível descobrir com o procedimento;
- sua importância para a saúde do bebê e da gestante;
- como é feito o Ultrassom Obstétrico.
Como é feita a Ultrassonografia Obstétrica: entendendo o procedimento
A ultra-sonografia obstétrica usa ondas sonoras para produzir imagens de um bebê (embrião ou feto) que está dentro de uma mulher grávida. Também é possível visualizar o útero e os ovários da mãe.
O ultrassom não usa radiação ionizante, não tem efeitos prejudiciais conhecidos e é o método preferido para monitorar mulheres grávidas e seus bebês em gestação.
Preparação da gestante para o exame
Este procedimento não requer preparação especial.
Uma vez que apenas a área abdominal inferior precisa ser exposta para este exame, você pode usar uma roupa folgada de duas peças.
Equipamentos utilizados
Desde a introdução de como é feita a Ultrassonografia Obstétrica no final da década de 1950, o procedimento tornou-se uma ferramenta de diagnóstico muito útil na área.
Os equipamentos usados atualmente são conhecidos como scanners em tempo real, com os quais uma imagem contínua do feto em movimento pode ser representada em uma tela de monitor.
Ondas sonoras de frequência muito elevada entre 3,5 a 7,0 megahertz são geralmente utilizadas para este fim. Elas são emitidas a partir de um transdutor que é colocado em contato com o abdômen materno e é movido para “visualizar” qualquer conteúdo particular do útero.
O mesmo transdutor que emite a alta frequência citada acima, também capta os feixes de ultrassom que “veem” o feto.
Resumindo, a aparelho que o profissional passa na barriga da paciente ao mesmo tempo, emite som e capta os feixes que compõe a imagem que aparece no monitor.
Fonte: MYVMC
Fatores como batimentos cardíacos fetais e malformações podem ser avaliados e as medições podem ser feitas com precisão nas imagens exibidas na tela.
Tais medidas formam a pedra angular na avaliação da:
- idade gestacional;
- tamanho;
- crescimento do feto.
A forma como é feito o ultrassom obstétrico pode exigir uma bexiga cheia quando a varredura abdominal é feita no início da gravidez. Com isso, pode haver algum desconforto devido à pressão na região.
O gel condutor não mancha, mas pode dar a sensação de frio e umidade. Não há nenhuma sensação vinda das ondas de ultra-som.
Por que o Ultrassom é usado na gravidez?
Agora que você entendeu como é feita a Ultrassonografia Obstétrica é importante que também compreenda a razão para realizá-la.
Não se trata, apenas, de um momento emocionante no qual você tem o primeiro contato visual do seu filho. O Ultrassom Obstétrico é feito dentro do Pré-Natal, várias vezes ao longo das semanas de gestação, com o objetivo de:
- garantir que a saúde do bebê e da gestante esteja em ordem;
- diagnosticar alterações de uma série de características do seu bebê e mais.
Atualmente, a forma como é feita a Ultrassonografia Obstétrica é considerada uma investigação segura, não invasiva e precisa.
Tornou-se progressivamente uma ferramenta obstétrica indispensável e desempenha um papel importante no cuidado de toda mulher grávida.
Os principais usos da Ultrassonografia Obstétrica são:
1. Diagnóstico e confirmação da gravidez
O saco gestacional pode ser visualizado a partir de 4 semanas e meia de gestação e o saco vitelino em cerca de 5 semanas.
O ultrassom também é muito importante para confirmar que a gravidez está dentro da cavidade do útero.
2. Sangramento vaginal no início da gravidez
Um outro uso comum do ultrassom é para casos de sangramento.
Uma vez que o batimento cardíaco é detectado pela ultrassonografia entre a 6ª e 7ª semana, mesmo que ocorra um sangramento, é possível verificar se está tudo em ordem com o feto.
A frequência cardíaca fetal tende a variar com a idade gestacional nas primeiras fases da gravidez. A frequência cardíaca normal na 6ª semana é de cerca de 90-110 batimentos por minuto (bpm) e na 9ª semana é de 140-170 bpm.
3. Determinação da idade gestacional e avaliação do tamanho do feto
As medidas corporais fetais refletem a idade gestacional do feto. Isto é particularmente verdadeiro no início da gestação.
Em pacientes com último período menstrual incerto, tais medidas devem ser feitas o mais cedo possível na gravidez para se chegar a uma data correta para o paciente.
Na última parte da gravidez, a medição dos parâmetros corporais permitirá a avaliação do tamanho e do crescimento do feto e ajudará muito no diagnóstico e no manejo do retardo do crescimento intrauterino (RCIU).
As seguintes medições são geralmente feitas:
- O comprimento da coroa-nádega (CRL): feita entre 7 a 13 semanas e fornece uma estimativa muito precisa da idade gestacional.
- O diâmetro biparietal (DBP): é o diâmetro entre os dois lados da cabeça. Isso é medido após 13 semanas.
- O comprimento do fêmur (FL): mede o osso mais longo do corpo e reflete o crescimento longitudinal do feto.
- A circunferência abdominal (CA): a medida mais importante a ser feita no final da gravidez. Ele reflete mais o tamanho e o peso fetal do que a idade. Medições em série são úteis no monitoramento do crescimento do feto.
4. Diagnóstico de malformação fetal
A maneira como é feita a Ultrassonografia Obstétrica permite ao médico encontrar alterações estruturais que o feto possa vir a ter.
Elas podem ser diagnosticadas de forma confiável por meio de um ultrassom, e geralmente podem ser feitas antes de 20 semanas.
Exemplos comuns de malformação incluem:
- hidrocefalia;
- anencefalia;
- mielomeningocele;
- acondroplasia e nanismo;
- espinha bífida e mais.
Com equipamentos mais recentes, condições como fissura labiopalatina e alterações cardíacas congênitas são mais prontamente diagnosticadas e em uma idade gestacional mais precoce.
Os marcadores ultrassônicos “soft” indicam diferenças cromossômicas, como síndrome de Down.
A ultrassonografia ainda pode auxiliar em outros diagnósticos pré-natal.
5. Localização placentária
A ultrassonografia tornou-se indispensável na localização da placenta e na determinação de suas bordas inferiores.
Outras alterações placentárias em condições como diabetes, hidropisia fetal, isoimunização de Rh e retardo grave do crescimento intra-uterino, também podem ser avaliadas.
6. Gravidez múltipla
Nessa situação, a ultrassonografia é inestimável na determinação de:
- número de fetos;
- corionicidade;
- apresentações fetais,
- presença de placenta prévia e outras análises.
7. Volume do líquido amniótico
Por meio do ultrassom obstétrico é possível medir a quantidade excessiva ou diminuída de líquido amniótico.
Ambas as condições podem ter efeitos adversos no feto. Nos dois casos, uma Ultrassonografia Obstétrica cuidadosa deve ser feita para excluir o retardo do crescimento intra-útero e a malformação congênita no feto.
A ultrassonografia também é de grande valor em outras condições obstétricas que devem ser discutidas com o médico que está acompanhando o pré-natal.
O Pré-Natal
Todos nós ouvimos sobre a importância de acompanhar nossas gestações logo nas primeiras semanas. Muitos problemas e alterações, quando identificadas no feto, podem ser controladas e garantir a saúde do bebê e da gestante.
Por isso, ao saber que está grávida, procure um profissional ginecologista obstetra e inicie seu acompanhamento.
Seu médico e os profissionais da clínica onde realizar o acompanhamento saberão indicar e realizar a análise que deve ser feita durante todas as semanas.
Esperamos ter tirado suas dúvidas sobre como é feita a Ultrassonografia Obstétrica.
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