Tudo sobre a mamografia: conheça todos os detalhes sobre o exame

A mamografia é um tipo específico de imagem da mama que usa radiografias de baixa dose para detectar o câncer precocemente – antes que as mulheres sintam sintomas – quando é mais tratável. E neste post vamos explicar tudo sobre a mamografia!

É importante informar o seu médico sobre quaisquer sintomas ou problemas na mama, cirurgias prévias, uso de hormônios, se você tem um histórico familiar ou pessoal de câncer de mama e se há a possibilidade de você estar grávida.

Se possível, guarde os resultados das suas mamografias anteriores para mostrar em consultas futuras, caso seja necessário.

No dia do exame deixe jóias em casa e use roupas soltas e confortáveis. Você pode ser solicitado a usar uma bata hospitalar. Também não use desodorante, pó de talco ou loção sob os braços ou nos seios, pois eles podem aparecer na mamografia e interferir no diagnóstico correto.

Para guiar sua leitura neste post, abordaremos os seguintes tópicos?

O que é mamografia?
Quais são alguns usos comuns do procedimento?
Como devo me preparar para a mamografia?
Como é o equipamento de mamografia?
Como funciona o procedimento?
Como o procedimento é executado?
O que experimentarei durante e depois do procedimento?
Quem interpreta os resultados e como os obtenho?
Quais são os benefícios versus riscos?
Quais são as limitações da mamografia?

GUIA: Tudo sobre mamografia

1. O que é mamografia?

Mamografia é uma imagem médica especializada que usa um sistema de raios-X de baixa dose para ver o interior dos seios. Um exame de mamografia, chamado também de mamograma, ajuda na detecção precoce e diagnóstico de doenças da mama em mulheres.

Um raio-x (radiografia) é um exame médico não invasivo que ajuda os médicos a diagnosticar e tratar condições médicas.

Imagem com raios-x envolve expor uma parte do corpo a uma pequena dose de radiação ionizante para produzir imagens do interior do corpo. Os raios X são a forma mais antiga e mais frequentemente usada na medicina para diagnóstico por imagens.

Três avanços recentes na mamografia incluem mamografia digital, detecção assistida por computador e tomossíntese mamária.

A mamografia digital, também chamada de mamografia digital de campo total (MDCT), é um sistema de mamografia no qual o filme de raios X é substituído por aparelhos eletrônicos que convertem raios-x em imagens mamográficas da mama.

Estes sistemas são semelhantes aos encontrados em câmeras digitais e sua eficiência permite melhores fotos com menor dose de radiação. Essas imagens da mama são transferidas para um computador para revisão pelo radiologista e para armazenamento a longo prazo.

A experiência do paciente durante uma mamografia digital é semelhante a uma mamografia convencional.

Os sistemas de detecção assistida por computador (DAC) pesquisam imagens mamográficas digitalizadas para áreas anormais de densidade, massa ou calcificação que podem indicar a presença de câncer.

O sistema DAC destaca essas áreas nas imagens, alertando o radiologista para avaliar cuidadosamente essa área.

A tomossíntese mamária, também chamada de mamografia tridimensional (3-D) e tomossíntese mamária digital (TMD), é uma forma avançada de imagem da mama onde várias imagens da mama de diferentes ângulos são capturadas e reconstruídas (“sintetizadas”) em imagem tridimensional.

Dessa forma, a imagem latente da mama 3-D é semelhante à tomografia computadorizada (TC), em que uma série de “fatias” finas são montadas juntas para criar uma reconstrução em 3-D do corpo.

Embora a dose de radiação para alguns sistemas de tomossíntese de mama seja um pouco maior do que a dosagem usada na mamografia padrão, ela permanece dentro dos níveis seguros aprovados para a radiação de mamografias. Alguns sistemas têm doses muito semelhantes à mamografia convencional.

Estudos populacionais de grande porte mostraram que a triagem com tomossíntese de mama resulta em taxas de detecção de câncer de mama aprimoradas e menos “retornos”, casos em que as mulheres são chamadas de rastreamento para exames adicionais devido a uma descoberta potencialmente anormal.

Tomossíntese de mama também pode resultar em:

detecção precoce de pequenos cânceres de mama que podem estar escondidos em uma mamografia convencional;
maior precisão na identificação do tamanho, forma e localização das anomalias mamárias;
menos biópsias desnecessárias ou testes adicionais;
maior probabilidade de detectar múltiplos tumores de mama;
imagens mais claras de anormalidades no tecido mamário denso.

2. Quais são alguns usos comuns do procedimento?

As mamografias são usadas como uma ferramenta de triagem para detectar câncer de mama precoce em mulheres que não apresentam sintomas.

Também podem ser usada para detectar e diagnosticar a doença da mama em mulheres que apresentam sintomas como nódulo, dor, covinhas na pele ou secreção mamilar.

Mamografia de triagem

A mamografia desempenha um papel central na detecção precoce dos cânceres de mama, pois pode mostrar alterações na mama até dois anos antes de um paciente ou médico poder senti-las.

As diretrizes atuais recomendam a mamografia de rastreamento anualmente para mulheres, a partir dos 40 anos. A pesquisa mostrou que as mamografias anuais levam à detecção precoce do câncer de mama, quando eles são mais curáveis e terapias de conservação da mama estão disponíveis.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) acrescenta que as mulheres que tiveram câncer de mama, e aquelas que correm maior risco devido à história familiar de câncer de mama ou de ovário, devem procurar orientação médica especializada sobre se devem começar a triagem antes dos 40 anos de idade.

Se você tem um alto risco de câncer de mama, talvez seja necessário obter uma ressonância magnética de mama, além de sua mamografia anual.

Mamografia diagnóstica

A mamografia diagnóstica é usada para avaliar um paciente com achados clínicos anormais – como um nódulo mamário ou secreção mamilar – que foram encontrados pela mulher ou seu médico.

A mamografia diagnóstica também pode ser feita após uma mamografia de rastreamento anormal, a fim de avaliar a área de preocupação no exame de triagem.

3. Como devo me preparar para a mamografia?

Antes de agendar uma mamografia, recomenda-se que você discuta quaisquer novas descobertas ou problemas em seus seios com seu médico. Além disso, informe o seu médico sobre quaisquer cirurgias anteriores, uso de hormônios e história familiar ou pessoal de câncer de mama.

Não programe sua mamografia durante a semana anterior ao seu período menstrual, pois os seios estãos mas macios durante esse período. O melhor momento para uma mamografia é uma semana após o período menstrual.

Informe sempre o seu médico ou técnico de raios X se houver qualquer possibilidade de estar grávida.

Outras recomendações são:

Não use desodorante, pó de talco ou loção sob os braços ou nos seios no dia do exame. Estes podem aparecer na mamografia como manchas de cálcio.
Descreva os sintomas ou problemas da mama ao técnico que realiza o exame.
Leve suas mamografias prévias e disponibilize-as ao radiologista se elas forem feitas em um local diferente. Isso é necessário para comparação com seu exame atual.
Pergunte quando seus resultados estarão disponíveis; não presuma que os resultados são normais se o retorno do seu médico ou o serviço de mamografia demorar.

4. Como é o equipamento de mamografia?

Uma unidade de mamografia é uma caixa retangular que abriga o tubo no qual os raios X são produzidos. A unidade é utilizada exclusivamente para exames radiológicos da mama, com acessórios especiais que permitem que apenas a mama seja exposta aos raios-x.

Anexado à unidade há um dispositivo que segura e comprime o seio e o posiciona de modo que as imagens possam ser obtidas em diferentes ângulos.

A tomossíntese mamária é realizada em unidades de mamografia digital, mas nem todas as máquinas de mamografia digital estão equipadas para realizar a tomossíntese.

5. Como funciona o procedimento?

Raios-X são uma forma de radiação como a luz ou ondas de rádio. Os raios X passam pela maioria dos objetos, incluindo o corpo.

Uma vez que é cuidadosamente direcionada para a parte do corpo que está sendo examinada, uma máquina de raios X produz uma pequena explosão de radiação que passa pelo corpo, registrando uma imagem em um filme fotográfico ou um detector especial.

Diferentes partes do corpo absorvem os raios X em vários graus. Osso denso absorve grande parte da radiação, enquanto os tecidos moles, como músculo, gordura e órgãos, permitem que mais raios-x passem por eles. Como resultado, os ossos aparecem brancos no raio X, os tecidos moles aparecem em tons de cinza e o ar parece preto.

Até recentemente, as imagens de raios-x eram mantidas em grandes folhas de filme (muito parecido com um grande negativo fotográfico). Hoje, a maioria das imagens são arquivos digitais armazenados eletronicamente. Essas imagens armazenadas são facilmente acessíveis para diagnóstico e gerenciamento de doenças.

No filme convencional e na mamografia digital, um tubo de raio-X de papel-carta captura uma imagem do lado e uma imagem de cima do seio comprimido.

Na tomossíntese mamária, o tubo de raios X se move em um arco sobre a mama, capturando múltiplas imagens de diferentes ângulos.

6. Como o procedimento é executado?

A mamografia é realizada em ambulatório.

Durante a mamografia, um técnico radiologista especialmente qualificado posicionará seu seio na unidade de mamografia. Seu peito será colocado em uma plataforma especial e comprimido com uma pá de plástico transparente. O tecnólogo irá gradualmente comprimir o seu peito.

A compressão da mama é necessária para:

Mesma espessura da mama, de modo que todo o tecido possa ser visualizado.
Espalhar o tecido de modo que pequenas anormalidades tenham menor probabilidade de serem escondidas pelo tecido mamário subjacente.
Permitir o uso de uma dose menor de raio-x, uma vez que uma quantidade mais fina de tecido mamário está sendo fotografada.
Segurar o peito ainda para minimizar o desfoque da imagem causado pelo movimento.
Reduzir a dispersão de raios X para aumentar a nitidez da imagem.

Você será solicitado a mudar de posição entre as imagens. As visualizações de rotina são uma vista de cima para baixo e uma vista lateral angular. O processo será repetido para o outro seio.

A compressão ainda é necessária para a tomossíntese, a fim de minimizar o movimento, o que degrada as imagens. Durante a triagem da tomossíntese da mama, imagens bidimensionais também são obtidas ou criadas a partir das imagens 3-D sintetizadas.

Você deve ficar muito quieto e pode ser solicitado a não respirar por alguns segundos enquanto a foto de raio X é tirada para reduzir a possibilidade de uma imagem borrada. O tecnólogo fica atrás de uma parede ou na sala ao lado para ativar a máquina de raio-x.

Quando o exame estiver concluído, pode ser solicitado que você espere até que o radiologista determine que todas as imagens necessárias foram obtidas.

O processo de exame deve levar cerca de 30 minutos.

7. O que experimentarei durante e depois do procedimento?

Você sentirá pressão em seu seio ao ser espremido pela pá de compressão. Algumas mulheres com seios sensíveis podem sentir desconforto. Se este for o caso, agende o procedimento quando seus seios estiverem menos macios.

Certifique-se de informar o técnico se a dor ocorrer quando a compressão for aumentada. Se o desconforto for significativo, menos compressão será usada. Lembre-se sempre de que a compressão permite mamografias de melhor qualidade.

8. Quem interpreta os resultados e como os obtenho?

Um radiologista, um médico especificamente treinado para supervisionar e interpretar os exames de radiologia, analisará as imagens e enviará um relatório assinado ao seu atendimento primário ou ao médico responsável, que discutirá os resultados com você.

Você também será notificado sobre os resultados pelo serviço de mamografia.

Exames de acompanhamento podem ser necessários. Seu médico explicará o motivo exato pelo qual outro exame é solicitado. Às vezes, um exame de acompanhamento é feito porque uma anormalidade em potencial precisa de avaliação adicional com visualizações adicionais ou uma técnica especial de geração de imagens.

Um exame de acompanhamento também pode ser necessário para que qualquer alteração em uma anormalidade conhecida possa ser monitorada ao longo do tempo. Os exames de acompanhamento são às vezes a melhor maneira de ver se o tratamento está funcionando ou se um achado é estável ou alterado ao longo do tempo.

9. Quais são os benefícios versus riscos?

– Benefícios

A imagem da mama melhora a capacidade do médico de detectar pequenos tumores. Quando os cânceres são pequenos, a mulher tem mais opções de tratamento.
O uso da mamografia de rastreamento aumenta a detecção de pequenos crescimentos anormais de tecido confinados nos ductos lácteos da mama, denominados carcinoma ductal in situ. Esses tumores precoces não podem prejudicar os pacientes se forem removidos nesse estágio e a mamografia é uma excelente maneira de detectar esses tumores. Também é útil para detectar todos os tipos de câncer de mama, incluindo câncer lobular invasivo ductal e invasivo.
Nenhuma radiação permanece no corpo do paciente após um exame de raio-x.
Raios-X geralmente não têm efeitos colaterais na faixa típica de diagnóstico para este exame.

– Riscos

Há sempre uma pequena chance de câncer por exposição excessiva à radiação. No entanto, o benefício de um diagnóstico preciso supera em muito o risco.
A dose de radiação efetiva para este procedimento varia.
Mamografias falso positivo. 5% a 15% das mamografias de rastreamento exigem mais exames, como mamografias adicionais ou ultrassonografia. A maioria desses testes acaba sendo normal. Se houver um achado anormal, um acompanhamento ou biópsia pode ter que ser realizado. A maioria das biópsias confirma que não havia câncer. Estima-se que uma mulher que faça mamografias anuais entre 40 e 49 anos tem cerca de 30% de chance de ter uma mamografia falso-positivo em algum momento daquela década e cerca de 7% a 8% de chance de ter uma biópsia de mama dentro do prazo no período de 10 anos.
As mulheres devem sempre informar seu médico ou técnico de radiografia se houver alguma possibilidade de que estejam grávidas.

Sobre minimizar a exposição à radiação

Cuidados especiais são tomados durante os exames de raio-x para usar a menor dose de radiação possível enquanto produz as melhores imagens para avaliação.

As organizações nacionais e internacionais de proteção radiológica revisam e atualizam continuamente os padrões técnicos utilizados pelos profissionais de radiologia.

Os modernos sistemas de raios X têm feixes de raios X muito controlados e métodos de controle de dose para minimizar a radiação dispersada. Isso garante que as partes do corpo de um paciente que não estão sendo fotografadas recebam exposição mínima à radiação.

10. Quais são as limitações da mamografia?

As imagens mamográficas iniciais em si não costumam ser suficientes para determinar a existência de uma doença benigna ou maligna com certeza. Se uma descoberta ou local parecer suspeito, seu radiologista poderá recomendar estudos diagnósticos adicionais.

A interpretação de mamografias pode ser difícil porque uma mama normal é diferente para cada mulher. Além disso, a aparência de uma imagem pode ser comprometida se houver pó ou pomada nos seios ou se você tiver sido submetido a uma cirurgia de mama.

Como alguns cânceres de mama são difíceis de visualizar, um radiologista pode querer comparar a imagem com as visualizações de exames anteriores. É muito importante perceber que nem todos os cânceres de mama podem ser vistos na mamografia.

O aumento da densidade mamária atraiu a atenção de várias estudiosos por vários motivos, incluindo:

O aumento da densidade da mama dificulta a visualização de um câncer na mamografia.
O aumento da densidade mamária pode aumentar o risco de contrair câncer de mama.

O radiologista que lê sua mamografia determina sua densidade mamária e informa ao seu médico.

Os implantes mamários (silicone) também podem impedir leituras precisas da mamografia, porque os implantes de silicone e salina não são transparentes em raios X e podem bloquear uma visão clara dos tecidos por trás deles, especialmente se o implante tiver sido colocado na frente e não abaixo do músculos. Técnicos experientes e radiologistas sabem como comprimir cuidadosamente os seios para melhorar a visão sem romper o implante.

Ao fazer uma consulta para uma mamografia, as mulheres com implantes devem perguntar se a instalação utiliza técnicas especiais destinadas a acomodá-los. Antes da mamografia, eles devem se certificar de que o técnico é experiente em realizar mamografia em pacientes com implantes mamários.

Embora a mamografia seja a melhor ferramenta de rastreamento para o câncer de mama disponível atualmente, as mamografias não detectam todos os cânceres de mama. Isso é chamado de resultado falso negativo.

Por outro lado, quando uma mamografia parece anormal e nenhum câncer está presente, isso é chamado de resultado falso-positivo.

A pesquisa está sendo feita em uma variedade de técnicas de imagem da mama que podem contribuir para a detecção precoce do câncer de mama e melhorar a precisão na distinção de condições de mama não-cancerosas de câncer de mama.

Esperamos que este guia com tudo sobre a mamografia ajude você a entender os objetivos e como esse exame é feito. Faça seu acompanhamento médico anual e mantenha seus exames em dia.

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