Quais são os tipos de osteoporose? Saiba se você pode desenvolver a doença
Você sabia que existem diferentes tipos de osteoporose? Apesar de ser uma doença considera senil e com maior ocorrência entre mulheres, ela também acontece em homens e em jovens de ambos os sexos homens, até mesmo em crianças e adolescentes. Veja no artigo!
Quais são os diferentes tipos de osteoporose?
Existem quatro tipos diferentes de osteoporose, descritos abaixo:
Osteoporose primária
Este é o tipo mais comum da doença, responsável por mais de 95% dos casos em mulheres e, provavelmente, cerca de 80% em homens.
A osteoporose primária geralmente é causada por fatores relacionados à idade, e pode ser referida como osteoporose senil, ou, quando a causa é desconhecida, osteoporose idiopática.
A densidade óssea máxima é atingida entre as idades de 25 e 30 anos. À medida que envelhecemos, a perda óssea começa a aumentar lentamente e, consequentemente, a taxa de produção óssea também diminuirá.
Nas mulheres, a perda acelerada de densidade óssea acontece durante a menopausa, quando a produção de estrogênio começa a desacelerar, geralmente em torno dos 45 aos 55 anos.

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Nos homens, a perda óssea gradual começa normalmente entre as idades de 45 e 50 anos, isto é, quando a produção de testosterona começa a diminuir.
As chances de desenvolver osteoporose primária dependem da densidade de seus ossos no início da vida. Por isso, manter uma dieta saudável, rica em cálcio e vitamina D, assim como a prática regular de exercícios físicos, diminui os riscos de desenvolver a doença em sua velhice.
Osteoporose secundária
É responsável por menos de 5% dos casos em mulheres e cerca de 20% em homens e tem sintomas semelhantes àqueles comumente observados na osteoporose primária. No entanto, a osteoporose secundária ocorre como resultado de certas condições médicas, como leucemia, hipertireoidismo ou hiperparatireoidismo.
Este tipo de osteoporose também pode resultar da ingestão de certos medicamentos que levam à degradação dos ossos, que incluem altas doses de corticosteróides inalados ou orais que foram usados por mais de seis meses.
Outros medicamentos incluem altas doses de reposição de hormônios da tireoide ou medicamentos conhecidos como inibidores da aromatase, usados no tratamento do câncer de mama.
A osteoporose secundária pode afetar qualquer pessoa em qualquer idade.
Adolescentes e jovens mulheres que são magras e se exercitam excessivamente, por exemplo, correm um alto risco de não ter períodos menstruais por conta da diminuição dos níveis de estrogênio, o que pode causar osteoporose.
Uma dieta pobre em cálcio e outros nutrientes que ajudam os ossos também pode contribuir para uma baixa densidade óssea. Por isso, atletas que tentam alcançar um peso corporal baixo para melhorar a sua performance correm o risco de desenvolver a doença.
Osteogênese imperfeita
Este é um tipo extremamente raro de osteoporose, que faz com que os ossos se rompam sem nenhuma razão lógica. A osteogênese imperfeita é diagnosticada no nascimento.
Entenda melhor o que é a doença na reportagem abaixo:
Osteoporose juvenil
Esse tipo de osteoporose também é muito raro e afeta crianças entre oito e 14 anos (período da vida de rápido crescimento), com histórico de excesso de peso de idade.
A causa desta forma da doença ainda não é conhecida e não há cura para ela. A osteoporose juvenil idiopática aumenta o risco de fraturas da criança e leva à diminuição de formação óssea.
Existem dois tipos de osteoporose em crianças: secundária e idiopática.
A secundária se desenvolve como resultado de outra condição e é de longe o tipo mais comum de osteoporose juvenil. Algumas das doenças que podem levar a ela são:
- Síndrome de Cushing
- fibrose cística
- diabetes
- homocistinúria, um distúrbio metabólico genético
- hiperparatireoidismo
- hipertireoidismo
- artrite juvenil
- doença renal
- leucemia
- síndrome de má absorção
- osteogênese imperfeita, às vezes chamada de doença dos ossos frágeis
Algumas osteoporoses são resultado direto de uma doença, como a artrite reumatóide, por exemplo, na qual as crianças podem ter uma massa óssea menor que a esperada, especialmente perto de articulações.
Certos medicamentos também podem levar à osteoporose juvenil, incluindo quimioterápicos para tratamento do câncer, anticonvulsivantes ou esteroides. Se o seu filho tiver uma dessas condições, pergunte ao médico sobre os possíveis riscos e sobre a necessidade de monitoramento da densidade óssea.
Já a osteoporose juvenil idiopática significa que não há causa conhecida da doença. Este é um tipo é raro, que se desenvolve mais frequentemente antes do início da puberdade.
Embora a maior parte da densidade óssea possa retornar durante a puberdade, as crianças com osteoporose juvenil geralmente têm menor pico de massa óssea quando adultos.
Não importa qual seja a causa, essa é uma condição muito séria, pois 90% da massa óssea é construída entre 18 e 20 anos. Sua perda durante os primeiros anos de construção óssea, portanto, pode colocar a criança em sério risco de complicações a longo prazo, levando ao risco de graves fraturas futuramente.
Como a osteoporose é tratada?
As opções de tratamento recomendadas para a osteoporose dependem muitas vezes do risco estimado de uma pessoa sofrer fraturas, calculado com base nas informações de uma densitometria óssea.
Se o risco não for muito alto, o tratamento pode não incluir medicações, mas se concentrar apenas na modificação dos fatores de risco associados a possíveis quedas e perda óssea.
Medicamentos
Para homens e mulheres que têm um risco aumentado de fratura, podem ser prescritos alguns dos medicamentos mais amplamente aceitos e usados para a osteoporose. Eles são conhecidos como bisfosfonatos e são uma classe de drogas que tratam a condição, impedindo a perda de massa óssea.
Alguns exemplos de bisfosfonatos incluem:
- Risedronato (Actonel, Atelvia)
- Ibandronato (Boniva)
- Alendronato (Fosamax)
- Ácido zoledrônico (Reclast)
Efeitos colaterais
Há uma série de possíveis efeitos colaterais desses medicamentos, sendo que os mais comuns incluem azia, náusea e dor abdominal. No entanto, quando esses medicamentos são tomados corretamente, com instrução de um profissional de saúde, esses sintomas dificilmente ocorrem.
Existem também formas injetáveis de bifosfonatos que não provocam dores de estômago. Entretanto, podem provocar dores de cabeça, dores musculares e febre, que podem durar até três dias.
Às vezes, é mais fácil agendar uma injeção anual ou trimestral com um médico do que tentar lembrar de tomar um comprimido semanal ou mensal, mas as formas intravenosas costumam ser mais caras.
O uso de medicações com bisfosfonatos por mais de um período de cinco anos foi associado a uma condição extremamente rara, em que o meio do fêmur se quebra e pode até romper completamente.
Também podem afetar o osso maxilar, configurando uma osteonecrose da mandíbula. Esta é uma condição rara e é causada por uma redução no fluxo sanguíneo para os ossos e articulações, fazendo com que os ossos se quebrem e morram.
Terapia hormonal
Moduladores selectivos do receptor de estrogênio (SERMs) replicam os efeitos desse hormônio no organismo das mulheres. Sua administração, particularmente depois de passar pela menopausa, é capaz de ajudar a manter a densidade óssea.
Tenha em mente, no entanto, que tomar estrogênio vem com alguns riscos, incluindo um aumento do risco de coágulos sanguíneos, câncer de mama, câncer de endométrio e possivelmente até doenças cardíacas.
Já uma droga conhecida como Raloxifene (Evista) imita os efeitos benéficos do estrogênio na densidade óssea em mulheres que estão na pós-menopausa e não carrega os riscos associados a esse hormônio.
Nos homens, a osteoporose geralmente está associada ao declínio gradual dos níveis de testosterona que acontece com o avançar da idade. Por isso, terapias de reposição com esse hormônio podem ajudar a melhorar a densidade óssea.
O recomendado é que se tome a testosterona isoladamente ou como um medicamento adicional. Os homens são frequentemente tratados com raloxifeno e alendronato.
Outros medicamentos para a osteoporose
Existem várias outras opções de medicamentos para tratar a osteoporose, incluindo:
Denosumab (Prolia) – é um tipo de terapia biológica, já que se trata de um anticorpo que tem como alvo uma proteína específica envolvida na quebra dos ossos. Quando comparada com bisfosfonatos, os médicos notaram que produz resultados melhores ou similares em relação à densidade óssea e também reduz o risco de todos os tipos de fraturas. Esta droga é administrada através de uma injeção sob a pele bianualmente.
Teriparatide (Forteo) – é uma forma de hormônio da paratireóide que estimula o crescimento de novos ossos. A teriparatida é administrada através de uma injeção diária sob a pele. No entanto, o uso a longo prazo não é recomendado, por isso, outro medicamento será prescrito para tratar a doença em uma base contínua.
Calcitonina (Miacalcin) – Esta droga é uma versão sintética do hormônio que é produzido pela glândula tireóide. A calcitonina é administrada através de um spray nasal e bloqueia a quebra dos ossos.
Fatores de estilo de vida
Praticar exercícios
Um dos fatores mais importantes do estilo de vida para o tratamento da osteoporose é a prática regular de exercício físico.
Tenha em mente que, embora a atividade física não seja capaz de aumentar a densidade óssea de maneira substancial, ela pode diminuir o risco de queda à medida que o equilíbrio melhora, a força muscular aumenta e a perda óssea é reduzida.
Atualmente, não existe pesquisa sobre quais tipos de exercício são melhores para aqueles com osteoporose ou por quanto tempo ele deve ser realizado para ser benéfico.
Mas, até que novas pesquisas possam confirmar a forma correta de exercício mais adequada à osteoporose, os médicos recomendam aqueles que causem mais impacto, como musculação e caminhada.
Outros exercícios incluem:
- Corrida
- Jardinagem
- Subir escadas
- Corrida
- Jogar tênis
- Tai chi
- Ioga
- Pilates
No entanto, deve-se ter cuidado ao se exercitar com osteoporose, pois há um risco aumentado de lesão nos ossos já enfraquecidos e fraturados.
Além disso, aqueles com idade acima de 40 anos que sofrem de uma condição como obesidade, hipertensão (pressão alta), diabetes ou doença cardíaca, devem seguir um regime de exercícios que é prescrito e monitorado por um médico assistente.
Parar de fumar
O cigarro prejudica os ossos e reduz a quantidade de estrogênio encontrado no corpo, hormônio responsável por retardar a perda óssea. Além disso, também é capaz de levar à menopausa em idade precoce.
Beber álcool com moderação
É geralmente recomendado que os homens não consumam mais do que quatro doses por dia e mulheres, mais do que três. O álcool dificulta a absorção de cálcio pelo corpo e afeta o equilíbrio quando intoxicado, o que pode levar a quedas e fraturas.
Tornar a casa mais segura
O risco de queda pode ser reduzido através da melhoria de segurança da sua casa. Algumas recomendações são as seguintes:
- Usar um tapete de borracha na banheira ou no chuveiro, para evitar o escorregamento;
- Manter os pisos livres de desordem que possam causar tropeços;
- Remover quaisquer tapetes que possam resultar em quedas ou emborrachar os lados inferiores de tapetes escorregadios;
- Instalar barras de apoio na banheira e chuveiro.
Tratamento de fraturas
Se uma pessoa tem osteoporose e sofre uma fratura de quadril, então um médico ou especialista pode sugerir um reparo cirúrgico, a fim de estabilizar e realinhar o mesmo.
Se ocorrer uma fratura no punho, ela pode se curar sozinha quando colocada em um gesso ou cinta. Em alguns casos, a cirurgia pode ser necessária para realinhar os ossos.
Outras opções de tratamento para fraturas incluem repouso e analgésicos.
Injeções de calcitonina são conhecidas por reduzir a dor na coluna associada a novas fraturas por compressão.
Vivendo com osteoporose
As perspectivas para aqueles com osteoporose geralmente são positivas. Particularmente se a condição é detectada durante os estágios iniciais da doença e tratada de forma eficaz.
A densidade óssea, mesmo que a osteoporose seja grave, pode geralmente ser melhorada ou estabilizada. Através da detecção e tratamento, o risco de fraturas ósseas é significativamente reduzido.
Se uma pessoa sofre de osteoporose leve, espera-se uma perspectiva significativamente positiva se o tratamento efetivo começar e for respeitado. Se ocorrer uma fratura, os ossos geralmente vão cicatrizar de forma eficaz e a dor associada à fratura melhora dentro de algumas semanas.
Em algumas pessoas com osteoporose, a causa da doença nem sempre é conhecida, o que dificulta a determinação do prognóstico. A perspectiva costuma ser melhor se a causa puder ser identificada e tratada corretamente.
Por isso, ao sentir qualquer sintoma associado à osteoporose, como:
- Dor nos ossos e articulações;
- Fragilidade óssea, que aumenta o risco de fratura;
- Ocorrência de fraturas, principalmente das vértebras da coluna e fêmur;
- Diminuição da altura em 2 ou 3 centímetros;
- Ombros descaídos em corcunda.
Procurar um especialista e realizar os exames indicados para um diagnóstico e tratamento corretos é a maneira mais prudente de cuidar da saúde dos seus ossos.
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