Distúrbios da tireoide: tipos e como são diagnosticados

A tireoide é uma pequena glândula em forma de borboleta localizada na base do pescoço, logo abaixo do pomo de Adão, e faz parte da rede de glândulas do sistema endócrino. Vários distúrbios da tireoide diferentes podem surgir quando essa glândula produz muito hormônio (hipertireoidismo) ou não o produz em quantidade suficiente (hipotireoidismo).

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O sistema endócrino é responsável por coordenar muitas das atividades do nosso corpo. E a glândula tireoide fabrica hormônios que afetam diretamente o metabolismo corporal.

Os quatro distúrbios da tireoide que falaremos a seguir são os nódulos da tireoide, a doença de Graves, a doença de Hashimoto e o bócio.

Continue lendo e saiba mais sobre cada um desses distúrbios da tireoide e como eles são diagnosticados.

Conhecendo os distúrbios da tireoide

1. Nódulos da tireoide

Os nódulos são distúrbios da tireoide que se formam na estrutura da glândula. Cerca de 50% das pessoas terão nódulos pequenos demais para serem sentidos.

Os nódulos podem ser sólidos ou cheios de líquido e as causas nem sempre são conhecidas, mas podem incluir a deficiência de iodo e a doença de Hashimoto.

A maioria dos nódulos é benigna, mas também pode ser cancerígena em uma pequena porcentagem de casos.

Como em outros problemas relacionados à distúrbios da tireoide, os nódulos são mais comuns em mulheres que em homens. O risco em ambos os sexos aumenta com a idade.

A maioria dos nódulos da tireoide não causa sintomas. No entanto, se crescerem o suficiente, podem causar inchaço no pescoço e levar a dificuldades para respirar e engolir, dor e ao bócio.

Alguns nódulos produzem hormônio tireoidiano, aumentando seus níveis na corrente sanguínea. Quando isso acontece, os sintomas são semelhantes aos do hipertireoidismo e podem incluir:

  • pulsação mais alta;
  • nervosismo;
  • aumento do apetite;
  • tremores;
  • perda de peso;
  • pele úmida.

Por outro lado, os sintomas serão semelhantes ao hipotireoidismo se os nódulos estiverem associados à doença de Hashimoto. Nesse quadro os sintomas serão:

  • fadiga;
  • ganho de peso;
  • perda de cabelo;
  • pele seca;
  • intolerância ao frio.

Diagnóstico e tratamento

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A maioria dos nódulos é detectada durante um exame físico normal. Eles também podem ser detectados durante um ultrassom da tireoide, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Depois que um nódulo é detectado, outros procedimentos como um teste de TSH (feito através de exame de sangue) podem verificar se há hipertireoidismo ou hipotireoidismo.

Uma biópsia de aspiração por agulha fina é usada para coletar uma amostra de células do nódulo e determinar se ele é canceroso ou não.

Nódulos benignos da tireoide não apresentam risco de morte e geralmente não precisam de tratamento. Normalmente, nada é feito para remover o nódulo se ele não aumentar com o passar do tempo.

O médico pode fazer outra biópsia e recomendar iodo radioativo para encolher os nódulos se eles crescerem.

O tratamento recomendado varia de acordo com o tipo de tumor. A remoção da tireoide através de cirurgia é o tratamento feito apenas em casos mais graves.

Em outros casos, a terapia de radiação é usada com ou sem cirurgia. A quimioterapia é frequentemente necessária se o câncer se espalhar para outras áreas do corpo.

2. Doença de Graves

A doença de Graves é uma causa comum do hipertireoidismo, afetando cerca de 1 em cada 200 pessoas.

É um distúrbio da tireoide autoimune que ocorre quando o sistema imunológico ataca por engano a glândula tireoide. Isso pode causar a superprodução do hormônio responsável pela regulação do metabolismo corporal.

A doença é hereditária e pode se desenvolver em qualquer idade em homens ou mulheres, mas é muito mais comum em mulheres de 20 a 30 anos. Outros fatores de risco incluem estresse, gravidez e tabagismo.

Quando há um alto nível de hormônio da tireoide na corrente sanguínea, os sistemas do corpo aceleram e causam sintomas comuns ao hipertireoidismo que incluem:

  • ansiedade;
  • irritabilidade;
  • fadiga;
  • tremores nas mãos;
  • batimento cardíaco aumentado ou irregular;
  • suor excessivo;
  • dificuldade em dormir;
  • diarreia ou evacuações frequentes;
  • ciclo menstrual alterado;
  • bócio;
  • olhos esbugalhados e problemas de visão.

Diagnóstico e tratamento

Um exame físico pode revelar aumento da tireoide, dos olhos e sinais de aumento do metabolismo, incluindo pulso rápido e pressão alta.

O médico também pode solicitar exames de sangue para verificar altos níveis de T4 e baixos níveis de TSH, ambos sinais da doença de Graves.

Um teste de captação radioativa de iodo também pode ser administrado para medir a rapidez com que tireoide absorve iodo. Uma alta absorção de iodo é compatível com a doença de Graves.

Não há tratamento para impedir doenças autoimunes. No entanto, os sintomas desse distúrbio da tireoide podem ser controlados de várias maneiras, geralmente com uma combinação de tratamentos:

  • medicamentos para controle da frequência cardíaca, ansiedade e sudorese;
  • medicamentos para impedir que a tireoide produza hormônio em excesso;
  • cirurgia para remover a glândula tireoide, uma opção se o paciente não tolerar os medicamentos antitireoidianos ou iodo radioativo.

O tratamento bem-sucedido do hipertireoidismo resulta em hipotireoidismo. O paciente vai precisar tomar medicamentos de reposição hormonal a partir desse momento.

A doença de Graves pode levar a problemas cardíacos e ossos fracos, se não for tratada.

3. Doença de Hashimoto

A doença de Hashimoto causa hipotireoidismo. Esse distúrbio da tireoide pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em mulheres de meia idade.

A doença ocorre quando o sistema imunológico ataca por engano e destrói lentamente a glândula tireoide e sua capacidade de produzir hormônios.

Algumas pessoas com casos leves da doença de Hashimoto podem não ter sintomas. A doença pode permanecer estável por anos e os sintomas geralmente são sutis.

Os sintomas podem ser confundidos com o de outras doenças e incluem:

  • fadiga;
  • depressão;
  • intestino preso;
  • ganho leve de peso;
  • pele seca;
  • cabelos secos e finos;
  • rosto pálido e inchado;
  • ciclo menstrual irregular;
  • intolerância ao frio;
  • tireoide aumentada (bócio).

Diagnóstico e tratamento

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Testar o nível de TSH geralmente é o primeiro passo na triagem de qualquer tipo de distúrbio da tireoide.

O médico pode solicitar um exame de sangue para verificar níveis de TSH e de hormônio da tireóide (T3 ou T4) se o paciente tiver alguns dos sintomas acima.

A doença de Hashimoto é um distúrbio autoimune, portanto o exame de sangue também mostrará anticorpos anormais que podem estar atacando a glândula.

Não há cura para a doença de Hashimoto. Medicamentos de reposição hormonal são usados ​​para aumentar os níveis de hormônio tireoidiano ou diminuir os níveis de TSH.

A cirurgia pode ser necessária para remover parte ou toda a glândula tireoide em casos raros casos avançados. A doença progride lentamente e na maioria dos casos é detectada em estágio inicial.

4. Bócio

O bócio é uma alteração que causa aumento da glândula tireoide. A causa mais comum desse distúrbio da tireoide em todo o mundo é a deficiência de iodo na alimentação.

Pesquisadores estimam que o bócio afeta 200 milhões dos 800 milhões de pessoas com deficiência de iodo no mundo.

O bócio pode afetar qualquer pessoa em qualquer idade, especialmente em áreas do mundo onde são escassos alimentos ricos em iodo.

Outros fatores de risco incluem histórico médico familiar, uso de certos medicamentos, gravidez e exposição à radiação.

Se o bócio não for grave, pode não haver sintomas. O bócio pode causar um ou mais dos seguintes sinais se crescer o suficiente:

  • inchaço ou aperto no pescoço;
  • dificuldade em respirar ou engolir;
  • tosse ou chiado no peito;
  • rouquidão.

Diagnóstico e tratamento

O médico apalpa a área do pescoço e pode que o paciente faça o movimento de engolir durante um exame físico de rotina.

Os exames de sangue revelam os níveis de hormônio da tireoide, TSH e anticorpos na corrente sanguínea. Um ultrassom da tireoide pode verificar o estado da glândula.

O bócio é tratado apenas quando se torna grave e começa a gerar sintomas.

O paciente pode tomar pequenas doses de iodo se o distúrbio for resultado da deficiência de iodo.

Embora o bócio não seja motivo de preocupação, ele pode causar sérias complicações se não for tratado.

Prevenção de distúrbios da tireoide

Na maioria dos casos, não se pode evitar os distúrbios da tireoide. Nos países em desenvolvimento, o hipotireoidismo é frequentemente causado por deficiência de iodo.

O hipertireoidismo geralmente é causado pela doença de Graves, que é autoimune e não é evitável.

Embora você não seja possível prevenir a doença da tireoide, você pode prevenir as complicações fazendo o diagnóstico imediatamente e seguindo o tratamento prescrito pelo médico.

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