Conheça 5 diferentes tipos de ecocardiografia e entenda quando são utilizados

A ecocardiografia, ou ecocardiograma, é um exame que utiliza ondas sonoras para verificar a saúde do coração, sendo fundamental para o diagnóstico de problemas cardíacos. Existem diferentes tipos de ecocardiografia e sua prescrição varia de acordo com os sintomas e necessidades do paciente, como poderá ser visto com mais detalhes ao longo do artigo. Acompanhe!

A ecocardiografia e seus usos

Uma ecocardiografia, ou “eco”, é um tipo de exame de ultrassom utilizado para avaliar o coração e os vasos sanguíneos próximos.

É um teste geralmente solicitado por um cardiologista, mas também pode ser pedido por qualquer outro médico que suspeite de problemas em seu coração.

A ecocardiografia auxilia no diagnóstico e monitoramento de certas condições cardíacas, verificando a estrutura do coração e seus vasos sanguíneos, analisando como o sangue flui através deles e avaliando as câmaras de bombeamento do músculo cardíaco.

O exame pode ajudar a detectar:

Esse teste também pode ajudar seus médicos a decidirem sobre o melhor tratamento para essas condições.

Os tipos de ecocardiografia a serem realizados vão depender das informações que seu médico precisa obter com o exame e de sua condição física e de saúde. Continue lendo para saber!

Tipos de ecocardiografia

1) Ecocardiografia transtorácica

Neste tipo de ecocardiografia, você se deita em uma cama de exames e fica com a região do tórax exposta.

O procedimento é bem simples, como em um ultrassom comum:

Um gel é espalhado pela região a ser examinada e o transdutor (a sonda de ultrassom) é movido contra a pele, registrando os ecos das ondas sonoras do seu coração.
Um computador converte esses ecos em imagens em movimento em um monitor, permitindo avaliar a anatomia e funcionalidades do músculo cardíaco e suas estruturas.

2) Ecocardiografia transesofágica

Se o seu médico deseja imagens mais detalhadas ou é difícil obter uma imagem clara do seu coração com a ecocardiografia padrão, ele pode recomendar uma ecocardiografia transesofágica.

Neste procedimento:

Você recebe sedativos para ajudá-lo a relaxar e a anestesiar a garganta e um transdutor especial é guiado através do esôfago e posicionado atrás do coração.
O transdutor registra os ecos das ondas sonoras do coração e o computador os converte em imagens detalhadas, que seu médico pode visualizar em um monitor.

3) Ecocardiografia com Doppler

Com esta técnica, as ondas sonoras mudam de tom quando refletem as células sanguíneas que se movem através do coração e das veias.

Essas alterações (sinais Doppler) auxiliam o médico a medir a velocidade e a direção do fluxo sanguíneo no músculo cardíaco.

A passagem do sangue através do coração fica colorida no monitor, ajudando a identificar qualquer problema em seu fluxo.

O Doppler é usado na ecocardiografia, seja transtorácica ou transesofágica, para verificar problemas de fluxo sanguíneo e pressão nas artérias do coração que as técnicas de ultrassom tradicional podem não detectar.

4) Ecocardiografia de estresse

Alguns problemas de coração, como das artérias que fornecem sangue ao músculo cardíaco (artérias coronárias), ocorrem apenas durante a atividade física.

Por isso, o médico pode recomendar uma ecocardiografia de estresse para verificar a presença desse tipo específico de doença cardíaca.

Nesse tipo de ecocardiografia:

Imagens de ultrassom do seu coração são feitas antes e imediatamente depois de você andar em uma esteira ou andar de bicicleta ergométrica.
Se você não conseguir realizar essas atividades, pode receber uma injeção com um medicamento para fazer o coração reagir como se estivesse se exercitando.

5) Ecocardiografia fetal

A ecocardiografia fetal é utilizada para verificar o coração do bebê em desenvolvimento, auxiliando a encontrar defeitos cardíacos antes mesmo do nascimento.

Esse é um exame muito importante, pois, se um problema no coração for encontrado precocemente, os profissionais de saúde:

Podem tratá-lo antes do nascimento, em alguns casos.
Podem se preparar para problemas que possam ocorrer durante o parto.
Podem programar um parto prematuro para evitar complicações.

Os ecos fetais costumam ser feitos no segundo trimestre da gravidez, entre 18 e 24 semanas e são recomendados nos seguintes casos:

Quando outro filho nasceu com um defeito cardíaco
Histórico familiar de problemas cardíacos genéticos
Problema genético encontrado no feto

Uso de certos medicamentos (remédio para convulsões, pressão arterial, depressão, acne e anti-inflamatórios não esteroides)

Abuso de álcool ou drogas durante a gravidez
Certos problemas de saúde, como diabetes, lúpus ou fenilcetonúria
Certas infecções durante a gravidez (rubéola ou citomegalovírus)
Resultados anormais de outros testes
Concepção por tecnologia de reprodução assistida
Bebê com batimentos cardíacos muito rápidos, lentos ou irregulares
Anormalidades observadas no ultrassom fetal
Gravidez em idade avançada

Um cardiologista pediátrico especialmente treinado, especialista em medicina materno-fetal, obstetra ou radiologista realiza o eco fetal. Em geral, o procedimento é o seguinte:

Você se deita, expondo apenas a sua barriga e um gel condutor é espalhado por ela. A sonda de ultrassom (transdutor) é movida pela região para obter as melhores imagens do coração do feto.

Às vezes, um ecocardiograma endovaginal pode ser realizado para monitorar os batimentos cardíacos do feto. A diferença é que o profissional de saúde introduz a sonda na vagina, ao em vez de colocá-la na barriga.

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