O que é hipoacusia ou perda auditiva? Como identificar?
Hipoacusia é a perda da capacidade auditiva, que pode ser parcial ou total. É causada por fatores diversos, desde danos no ouvido a defeitos congênitos.
Ficou curioso para saber todos os detalhes sobre o que é hipoacusia ou perda auditiva?
Estima-se que até 15% da população adulta global tenha pelo menos algum grau de surdez.
Essa porcentagem é muito maior entre as pessoas com mais de 65 anos, onde cerca de um terço da população apresenta perda auditiva.
Este número é particularmente impactante quando consideramos que, globalmente, o número de pessoas com 65 anos ou mais cresce a cada ano.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse é um problema que, até 2050, vai afetar 900 milhões de pessoas no mundo.
Continue lendo para saber tudo sobre o que é surdez, o que o leva a apresentar esse problema e quais os exames de hipoacusia são utilizados para o diagnóstico.
O que é hipoacusia ou perda auditiva?
A hipoacusia, ou perda auditiva, é definida como um déficit funcional que surge quando uma pessoa perde algum grau na sua capacidade de ouvir.
Pode ocorrer de forma unilateral, quando atinge apenas um ouvido, ou bilateralmente, quando atinge ambos os ouvidos.
A extensão da condição pode variar amplamente, afetando a capacidade de uma pessoa de ouvir certos sons parcial ou totalmente.
Além disso, nem todos os sons (frequências) são afetados igualmente. Por exemplo, uma pessoa pode ser capaz de ouvir tons baixos (como sons de motores) muito bem, enquanto tons mais altos (como o canto de pássaros) são inaudíveis.
Talvez agora você esteja se perguntando: “Ok, isso é perda auditiva, mas o que é surdez então, afina? É só mais um sinônimo para a mesma coisa: a perda da capacidade de audição.
Dito isto, vamos continuar a falar sobre o que é hipoacusia ou perda auditiva?
Tipos de perda auditiva
A perda auditiva é classificada de acordo com o grau da perda (classificação quantitativa), a localização do dano que causou o déficit (classificação topográfica) e a idade de início da perda (classificação cronológica).
Classificação quantitativa
Considerando as repercussões da deficiência e o grau da perda auditiva, pode ser classificado como:
- Leve: limiar de audição abaixo de 30 dB (decibéis);
- Moderado: limiar de audição entre 30–50 dB;
- Forte: limiar de audição entre 50-80 dB;
- Profundo: limiar de audição entre 80-95 dB;
- Copose ou anacusia (perda total): limiar de audição acima de 95 dB.
Classificação topográfica
Dependendo da localização da lesão que causa o problema, a perda auditiva pode ser classificada como:
- Perda auditiva condutiva: relacionada a um problema com a parte mecânica da orelha (orelha externa e média), ou seja, por danos às estruturas que conduzem as ondas sonoras;
- Perda auditiva neurossensorial: quando o dano é na orelha interna, ou seja, uma lesão que afeta a cóclea, as vias acústicas ou o córtex cerebral auditivo;
- Perda auditiva mista: é o caso da perda auditiva causada por diferentes lesões coexistentes que afetam simultaneamente várias ou todas as estruturas auditivas.
Classificação cronológica
Esta classificação é baseada na idade de início:
- Genético ou hereditário: transmitida por um gene defeituoso, pode estar presente desde o nascimento, ou se desenvolver ao longo da vida;
- Adquirido: induzido por causas imprevistas, como problemas na gravidez, durante o parto, ou pós-natal, quando há danos auditivos em algum momento da vida da paciente.
- Com relação à aquisição da linguagem: a surdez pré-lingual corresponde à perda auditiva antes do desenvolvimento da fala; já a pós-lingual é a que surge após o desenvolvimento da linguagem falada.
Causas da perda auditiva ou hipoacusia
Agora que você já sabe o que é hipoacusia ou perda auditiva, de estar se perguntando o que pode causá-la, certo?
Existem muitas causas para a perda auditiva. Alguns são reversíveis, mas outros não têm solução e requerem meios externos para aliviar seus efeitos.
As condições que podem causar hipoacusia incluem:
- Acúmulo de cera de ouvido;
- Otite;
- Idade (isso é conhecido como presbiacusia);
- Exposição ao ruído (às vezes conhecida como surdez ocupacional);
- Genética (associada a uma doença ou condição hereditária);
- Doença (meningite bacteriana, infecções infantis, doença de Ménière, etc.);
- Problemas presentes no nascimento (malformações congênitas, baixo peso ao nascer, prematuridade extrema, falta de oxigênio ao nascer, etc.);
- Trauma acústico;
- Traumatismo crâniano;
- Trauma no ouvido médio ou interno.
Saiba mais sobre as causas e tipos de perda auditiva no vídeo abaixo:
Sintomas de perda auditiva
Existem muitos sinais de hipoacusia, incluindo:
- Pedir frequentemente às pessoas para repetir o que falaram;
- Aumentar o volume da TV;
- Dificuldade em entender a fala no ruído ou quando em um grupo;
- Problemas para ouvir certos sons (telefone tocando, pássaros cantando).
Tratamentos da hipoacusia
Se você acredita que tem hipoacusia, é recomendável consultar um otorrino para uma avaliação auditiva.
Dependendo dos resultados dos exames e das causas da surdez, o médico vai indicar o melhor tratamento para você.
Alguns casos são resolvidos com a administração de antibióticos e antiinflamatórios, sempre sob prescrição médica. Outros, como trauma acústico, requerem repouso.
Se o dano for irreversível, outras opções devem ser estudadas, incluindo a compra de aparelhos auditivos.
Novas estratégias de comunicação também são recomendadas para você e as pessoas ao seu redor.
No entanto, se você tiver perda auditiva repentina, consulte um especialista o mais rápido possível, pois há uma chance melhor de recuperação da audição se for tratada em 72 horas.
Exames de hipoacusia
Audiometria
Avalia a capacidade de ouvir e interpretar sons, para detectar possíveis alterações auditivas, quando há suspeita de hipoacusia.
A audiometria pode ser tonal, ou seja, verifica a capacidade de percepção dos sons, em diferentes decibéis; ou vocal, que avalia a capacidade de compreensão da fala humana.
Imitanciometria
Avalia as condições da orelha média, verificando como está o tímpano e os ossículos presentes nesta região.
A imitanciometria é recomendada para o tratamento de otites na orelha média, bem como um exame de rotina para procedimentos pré e pós-cirúrgicos no ouvido.
Emissões otoacústicas evocadas (EOA)
Também chamado de “teste da orelhinha”, esse exame é usado para identificar problemas no auditivo coclear congênito.
Por isso, é um procedimento recomendado para recém-nascidos.
O exame é bem rápido e não invasivo, sendo feito com um fone de ouvido, que é colocado no conduto auditivo externo e emite um som suave.
Potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE/BERA)
Para os pacientes que não colaboram com o exame de audiometria, esse teste é o mais indicado.
O PEATE/BERA analisa a resposta elétrica gerada pela transmissão do estímulo auditivo, a partir do nervo auditivo até o tronco encefálico.
Dessa forma, é possível avaliar a saúde do ouvido, ou seja, se há comprometimento no nervo auditivo.
Também é um procedimento indicado para recém-nascidos e bebês.
Como a surdez pode impactar a vida de uma pessoa?
Agora que você já sabe tudo sobre o que é hipoacusia ou perda auditiva, é importante se atentar para como o problema pode impactar a vida das pessoas.
A surdez não corrigida pode diminuir a capacidade do cérebro de reconhecer e compreender a fala.
Em crianças, a hipoacusia pode afetar o aprendizado e o desenvolvimento da linguagem. Portanto, é essencial detectá-la e tratá-la precocemente.
Além disso, a perda auditiva afeta não apenas a pessoa com a doença, mas também aqueles ao seu redor. O problema pode levar a:
- Isolamento social (afastamento de certas situações ou atividades porque a pessoa tem muitos problemas para ouvir ou se comunicar);
- Perda de independência (por exemplo, incapacidade de ter uma conversa ao telefone);
- Riscos de segurança (incapacidade de ouvir alarmes ou sirenes);
- Qualidade de vida reduzida.
Por isso, é importante saber reconhecer os sinais, procurar ajuda médica e realizar os exames de hipoacusia o quanto antes, para otimizar suas chances de tratamento.
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