Como é feito o ecocardiograma? Confira detalhes do procedimento, seus riscos e utilidade

Exames que verificam a saúde do coração são fundamentais para detectar problemas precocemente e evitar complicações mais graves, como o infarto. No artigo, vamos mostrar como é feito o ecocardiograma, um dos testes mais utilizados para o diagnóstico e acompanhamento das doenças cardíacas. Acompanhe!

Quem não apresenta histórico familiar de problemas no coração e não pratica nenhuma atividade esportiva intensa, pode iniciar sua avaliação cardíaca por volta dos 35, 40 anos.

O médico pode solicitar diversos tipos de exame, considerando o histórico do paciente e outros fatores de risco, além dos sintomas apresentados, quando houverem. 

O ecocardiograma é um teste que permite uma avaliação detalhada da anatomia do coração, possibilitando a verificação: 

  • de suas medidas e mobilidade das paredes de suas cavidades, 
  • de suas válvulas, 
  • da velocidade e direção do fluxo sanguíneo,
  • de sua contração.

Continue lendo para descobrir como é feito o ecocardiograma, quais os riscos do procedimento e por que você precisa realizar esse teste!

Como é feito o ecocardiograma?

Um ecocardiograma usa ondas sonoras para produzir imagens em tempo real do coração, permitindo avaliar se ele está batendo e bombeando sangue corretamente e identificar a presença de doenças cardíacas.

Dependendo das informações de que seu médico necessita, você pode precisar realizar um ou mais tipos de ecocardiograma

O mais simples é o transtorácico, no qual a sonda de ultrassom (transdutor) é movida pelo peito do paciente, com a ajuda de um gel condutor, na região onde está localizado o músculo cardíaco. 

O transdutor transmite e recebe ondas sonoras que ricocheteiam no coração e o computador compila essas ondas, ou ecos, e as transforma em imagens.

Esse método também pode ser utilizado para um teste conhecido como ecocardiograma de estresse

A diferença é que, nesse tipo do exame, o paciente é submetido a exercícios físicos ou medicamentos para estimular o coração e as imagens são feitas antes e depois dessas atividades, para avaliar a reação a esses estímulos.

Em outros casos, a imagem do coração pode não estar clara por conta de obesidade, do tórax ou de doenças pulmonares. Nesses casos, um médico pode realizar um ecocardiograma transesofágico

Para este teste, o paciente é sedado e um transdutor especial é inserido pela garganta do paciente, movido através do esôfago e alocado próximo à região cardíaca. A partir daí, as ondas sonoras são direcionadas para o coração.

Geralmente, nenhuma preparação é necessária para um ecocardiograma transtorácico. Entretanto, antes de um ecocardiograma transesofágico, é solicitado aos pacientes que se abstenham de comer por pelo menos 8 horas.

Veja mais detalhes do exame no vídeo abaixo:

Existem riscos ou efeitos colaterais no ecocardiograma?

Agora que você já sabe como é feito o exame ecocardiograma pode estar se perguntando se existe algum risco em realizá-lo. 

Um ecocardiograma transtorácico padrão é um procedimento não invasivo, indolor e seguro, não há efeitos colaterais provenientes da digitalização.

Ao contrário de outros testes e varreduras, como raio-X e tomografia computadorizada, nenhuma radiação é usada durante um ecocardiograma. 

No entanto, existem alguns riscos associados aos tipos menos comuns do exame.

O ecocardiograma transesofágico pode causar algum desconforto e sua garganta pode ficar dolorida. Além disso, não é conveniente dirigir após o teste, pois você pode se sentir sonolento com o sedativo.

Durante um ecocardiograma de estresse, você pode se sentir enjoado e tonto e sentir alguma dor no peito. Há ainda uma pequena chance dos batimentos ficarem irregulares ou ocorrer um ataque cardíaco. 

Mas você é monitorado cuidadosamente durante o teste e ele é interrompido quando há sinais de problemas.

Por que eu preciso de um ecocardiograma?

O seu médico pode recomendar um ecocardiograma se você tiver sintomas de problemas cardíacos, a fim de chegar a um diagnóstico ou se você tiver histórico familiar de problemas no coração, com a finalidade de avaliar sua função cardíaca. 

Ele vai utilizar as informações do eco para verificar:

O tamanho do seu coração

Um coração aumentado pode ser o resultado de pressão alta, válvulas cardíacas com vazamento ou insuficiência cardíaca. 

O eco também pode detectar o aumento da espessura dos ventrículos (as câmaras inferiores do coração). 

O aumento da espessura pode ser causado por pressão alta, doença das válvulas cardíacas ou defeitos cardíacos congênitos.

Músculos do coração que são fracos e não estão bombeando bem

Os danos de um ataque cardíaco podem causar áreas fracas do músculo cardíaco. O enfraquecimento também pode significar que a área não está recebendo suprimento de sangue suficiente, um sinal de doença cardíaca coronária.

Problemas nas válvulas cardíacas

O eco pode mostrar se alguma das válvulas cardíacas não abrem ou fecham normalmente.

Problemas com a estrutura do coração

O eco pode detectar defeitos cardíacos congênitos, como orifícios no coração. Cardiopatias congênitas são problemas estruturais de nascimento. Bebês e crianças podem realizar o ecocardiograma para detectar essas anormalidades.

Coágulos sanguíneos ou tumores

Se você teve um derrame, pode realizar um ecocardiograma para verificar se há presença de tumores ou coágulos no sangue que o possam ter causado.

O seu médico também pode recomendar o eco para ver como o seu coração responde a determinados tratamentos, como os usados ​​para insuficiência cardíaca.

As doenças cardíacas são mais fáceis de tratar quando detectadas precocemente, portanto, agora que você já sabe como é feito o ecocardiograma, procure um especialista e realize os testes necessários para um diagnóstico e tratamento corretos.

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