O que devo saber sobre epilepsia parcial complexa e simples?

Na epilepsia parcial apenas uma parte do cérebro é acometida por convulsões. Ela pode ser complexa ou simples, dependendo de como a consciência é afetada durante as crises.

Neste artigo, você vai conhecer tudo sobre epilepsia parcial complexa e simples: O que é, quais as causas da doença e dos gatilhos convulsivos, sintomas, diagnóstico e tratamentos disponíveis. 

Vamos lá?

O que é epilepsia parcial complexa e simples?

A epilepsia é uma doença crônica que causa ondas repentinas de atividade elétrica no cérebro (convulsões), não provocada por nenhuma causa identificada.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença acomete cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo uma das doenças neurológicas mais comuns no planeta.

A epilepsia parcial acontece quando apenas uma parte do cérebro é afetada por essas convulsões.

Na epilepsia parcial simples a consciência não é prejudicada e o paciente percebe sensações anormais no corpo. 

Já na epilepsia parcial complexa existe a perda da consciência e o paciente fica entorpecido e confuso durante a crise epiléptica, além de não se lembrar do que aconteceu.

O que causa a epilepsia?

Para 6 em cada 10 pessoas com epilepsia, a causa não pode ser determinada. Porém, sabe-se que a hereditariedade desempenha um papel importante. 

Na população em geral, há 1% de chance de desenvolver epilepsia antes dos 20 anos de idade. Mas, para quem tem pais epilépticos, esse risco aumenta para 2% a 5%.

Entretanto, há várias outras condições que podem causar as convulsões características da epilepsia parcial complexa e simples. Entre elas:

  • Traumatismo craniano;
  • Cicatrizes no cérebro após uma lesão cerebral (epilepsia pós-traumática);
  • Doença grave ou febre muito alta;
  • AVC, que é uma das principais causas de epilepsia em pessoas com mais de 35 anos;
  • Outras doenças vasculares;
  • Falta de oxigênio para o cérebro;
  • Tumor cerebral ou cisto;
  • Demência ou doença de Alzheimer;
  • Uso de drogas pela mãe, lesão pré-natal, malformação cerebral ou falta de oxigênio no nascimento;
  • Doenças infecciosas, como AIDS e meningite;
  • Distúrbios genéticos ou de desenvolvimento ou doenças neurológicas.

Sintomas de epilepsia parcial complexa e simples

A epilepsia caracteriza-se por explosões repentinas de atividade elétrica no cérebro, conhecidas como convulsões, que afetam temporariamente o modo como ele funciona.

As convulsões podem atingir as pessoas de maneiras diferentes, dependendo da parte do cérebro envolvida e de como a consciência é afetada. 

Isso pode se dar desde uma crise que faz o corpo estremecer e sacudir, até problemas como perda de consciência ou sensações incomuns. 

Confira quais são os sintomas mais comuns na epilepsia parcial complexa e simples:

Sintomas de epilepsia parcial simples

  • Movimentos súbitos de uma parte do corpo; 
  • Distorção na visão e audição;
  • Mal-estar;
  • Medo.

O fato mais característico da epilepsia parcial simples é que você permanece consciente enquanto esses sintomas acontecem.

Sintomas de epilepsia parcial complexa

Durante uma crise epiléptica parcial complexa, você perde o senso de consciência e faz movimentos corporais aleatórios, tais como:

  • Caminhar desorientado;
  • Murmurar;
  • Rodar a cabeça;
  • Sentar e levantar;
  • Mexer nas roupas esticando-as;
  • Fixar o olhar etc. 

Você não é capaz de responder a ninguém durante a convulsão e não tem nenhuma lembrança do que aconteceu.

Confira mais informações sobre o que caracteriza a epilepsia e seus sintomas, neste vídeo do Dr. Dráuzio Varella: 

Quais são os gatilhos das crises de epilepsia?

Para muitas pessoas com epilepsia parcial, complexa ou simples, as convulsões parecem acontecer aleatoriamente.

Entretanto, às vezes elas podem ter um gatilho, como por exemplo:

  • Estresse;
  • Falta de sono;
  • Beber álcool;
  • Alguns medicamentos e drogas ilegais;
  • Nas mulheres, períodos menstruais;
  • Luzes piscando (este é um gatilho incomum).

Manter um diário de quando você tem convulsões e o que aconteceu antes delas pode ajudá-lo a identificar e evitar alguns possíveis gatilhos.

Epilepsia parcial tem cura? Como tratar?

Não há cura para a epilepsia, entretanto, o tratamento correto e precoce pode fazer uma grande diferença na qualidade de vida de quem sofre com essa condição.

Isso é fundamental, já que convulsões descontroladas ou prolongadas podem causar danos cerebrais e até mesmo aumentar o risco de morte súbita.

A boa notícia é que a maioria das pessoas pode controlar a epilepsia, com a ajuda de um plano de tratamento adequado. Confira quais são as opções:

Medicamentos anticonvulsivos

Esses medicamentos podem reduzir o número de convulsões ou até mesmo eliminá-las. Para ser eficaz, o medicamento deve ser tomado exatamente como prescrito.

Estimulador do nervo vago

Este dispositivo é colocado cirurgicamente sob a pele do tórax e estimula eletricamente o nervo que passa pelo pescoço, ajudando a prevenir convulsões.

Dieta cetogênica

Pessoas que não respondem à medicação, podem se beneficiar desta dieta rica em gordura e pobre em carboidratos.

Cirurgia cerebral

Dois tipos de cirurgia cerebral podem reduzir ou eliminar as convulsões: 

  • Ressecção: remoção da parte do cérebro onde se originam as crises;
  • Desconexão: interrupção da via nervosa por meio de cortes no cérebro, para evitar que as convulsões se espalhem para outras partes do cérebro.

Quando, mesmo com o tratamento, as crises ainda acontecem, é importante que as pessoas que convivem com o epiléptico saibam o que fazer. 

Confira no vídeo abaixo o que é certo ou errado ao socorrer alguém em crises de epilepsia:

Como a epilepsia é diagnosticada?

Se você suspeita que teve uma convulsão, procure um médico o mais rápido possível. 

Ele vai perguntar sobre seus sintomas e histórico de saúde, além de realizar um exame neurológico para testar suas habilidades motoras e funcionamento mental.

Além disso, para descartar outras condições que causam convulsões, seu médico provavelmente vai solicitar um exame de sangue que possa investigar: 

  • sinais de doenças infecciosas;
  • função hepática e renal;
  • níveis de glicose no sangue.

Para investigar especificamente a epilepsia, o eletroencefalograma (EEG) é o exame mais comumente usado.

Este teste registra a atividade elétrica do seu cérebro, detectando mudanças nos padrões normais das ondas cerebrais.

Alguns exames de imagem ainda podem ser usados para revelar tumores e outras anormalidades que causam convulsões. Esses testes podem incluir:

  • Tomografia computadorizada;
  • Ressonância magnética.

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