Entenda a relação entre qualidade de vida e saúde mental [+10 dicas para dias melhores]

Qualidade de vida e saúde mental são temas frequentes em programas de televisão e artigos na internet, muitas vezes oferecendo receitas quase milagrosas para uma vida melhor. Mas você realmente sabe do que se trata? 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a quantidade de casos de depressão cresceu 18% em dez anos e, até 2020, será a doença mais incapacitante do planeta.

No Brasil, quase 6% da população, um total de 11,5 milhões de pessoas, sofrem com depressão.

Ainda segundo dados da OMS, o país tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno.

Mas, por que cada vez mais pessoas estão adoecendo mentalmente? Afinal, como a qualidade de vida dos indivíduos determina sua saúde mental?

Acompanhe o artigo e conheça em detalhes essa importante relação e como ela impacta a sua realidade!

O que é saúde mental?

Saúde mental é muito mais do que ausência de doença mental, é a capacidade de equilibrar e gerenciar suas suas emoções, mesmo em meio às surpresas e exigências da vida.

De acordo com a OMS, um indivíduo com saúde mental é dotado de um “bem-estar” que o permite usar plenamente suas habilidades e ser produtivo, recuperar-se do estresse cotidiano e contribuir com a sua comunidade.

Todas as pessoas no mundo vivenciam diariamente emoções como alegria, amor, satisfação, tristeza, raiva e frustração. 

A diferença é que quem é mentalmente saudável compreende que todos esses sentimentos, sejam bons ou ruins, fazem parte do que a vida é.

Essas pessoas procuram lidar com essas emoções da melhor maneira possível, harmonizando seus desejos, capacidades e frustrações e respeitando os próprios limites e os do outro.

Elas também são capazes de procurar ajuda quando têm dificuldade em lidar com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida.

Resumindo, ter saúde mental é:

  • estar bem consigo e com os outros, 
  • aceitar as exigências da vida, 
  • saber lidar com as boas e más emoções,
  • reconhecer seus limites e os do outro,
  • buscar ajuda quando necessário.

Veja algumas dicas sobre como ter saúde mental e se livrar do estresse e da ansiedade no vídeo:

O que é qualidade de vida?

A OMS define qualidade de vida como a percepção do indivíduo sobre sua posição na vida, no contexto da cultura e dos sistemas de valores em que vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. 

É um conceito abrangente, afetado de maneira complexa pela saúde física da pessoa, estado psicológico, crenças pessoais, relações sociais e seu relacionamento com características importantes de seu ambiente.

Os fatores que desempenham um importante papel na qualidade de vida geralmente incluem:

  • segurança financeira, 
  • satisfação no trabalho, 
  • vida familiar, 
  • saúde
  • e segurança. 

Esses aspectos acabam se entrelaçando e, por isso, para se obter qualidade de vida, o ideal é que estejam equilibrados. 

Muitos profissionais optam por aceitar trabalhos bem remunerados, que exigem horas prolongadas de dedicação, a fim de obter segurança financeira. 

Porém, isso limita suas horas disponíveis para lazer, férias, para passar tempo com quem gostam e essa falta de descanso acaba afetando sua saúde mental e até menos física.

Casos assim são comuns em uma sociedade cada vez mais competitiva. Porém, em contrapartida, novos modelos de trabalho que levam em conta o bem-estar de quem os realiza também têm surgido, como mostra o vídeo abaixo:

Já em outros casos, o trabalho não demanda tanto tempo, mas o deixa estressado ou lesado ao ponto de ser incapaz de desfrutar de seus ganhos. Alguns exemplos dessas situações são:

  • Trabalhos que podem expor os funcionários a riscos potenciais, como produtos químicos nocivos, máquinas pesadas e alto risco de queda ou outra lesão.
  • Serviços que exponham o trabalhador a situações de assédio moral, levando-o à depressão e outros transtornos mentais.

Por isso, a possibilidade de danos que poderiam afetar seu bem estar, contra a obtenção de um salário mais alto, deveria pesar na escolha de quem deseja qualidade de vida.

Outro problema é para quem vive longe dos centros de emprego, ou seja, em áreas periféricas onde é mais barato morar.

Essas pessoas gastam muito tempo se locomovendo até o trabalho e isso acaba restringindo os momentos de descanso passados com a família ou nos hobbies, gerando mais estresse. 

Essas áreas também tendem a estar mais afastadas da arte, cultura e entretenimento e, além disso, geralmente têm altos índices de violência e pouco acesso a serviços básicos como de saneamento e saúde. 

Ou seja, um clássico problema que envolve todos os aspectos determinantes do que é necessário para se obter qualidade de vida.

Entenda melhor a relação entre periferização e qualidade de vida no vídeo do Canal Futura:

Afinal, qual a relação entre qualidade de vida e saúde mental?

Por suas definições, fica fácil concluir que qualidade de vida e saúde mental estão interligadas. 

Aquela pessoa que não tem possibilidade de se recuperar do estresse cotidiano, seja por falta de tempo ou de acesso a vários outros fatores ligados à qualidade de vida, provavelmente vai ter a sua saúde mental afetada.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a OMS, para um indivíduo ter saúde mental, é fundamental um ambiente que ofereça qualidade de vida, respeitando e protegendo seus direitos básicos civis, políticos, socioeconômicos e culturais.

Com isso, uma saúde mental prejudicada geralmente está associada a fatores como: 

  • rápidas mudanças sociais, 
  • condições de trabalho estressantes, 
  • discriminação de gênero, 
  • exclusão social, 
  • estilo de vida não saudável, 
  • risco de violência, 
  • problemas físicos de saúde 
  • e violação dos direitos humanos.

Portanto, a promoção da saúde mental envolve ações que permitam às pessoas adotar e manter estilos de vida que priorizem seu bem-estar, ou seja, quando há qualidade de vida.

Qualidade de vida e saúde mental x saúde física

A qualidade de vida, à medida que afeta a saúde mental dos indivíduos, também influencia em sua saúde física, como mostram diversas pesquisas.

Um estudo da University College London, Edinburgh University e da Universidade de Sydney descobriu uma ligação entre altos níveis de sofrimento mental e um risco aumentado de morte por câncer. 

Uma outra pesquisa, dessa vez do The National Institute of Mental Health, revelou uma conexão entre depressão e diabetes. O estudo mostrou que pessoas que têm depressão e diabetes tendem a apresentar sintomas mais graves do que aquelas que têm apenas diabetes.

Ainda um outro estudo revelou que aqueles com ambas as condições, transtornos mentais e diabetes, também tinham 85% mais chances de sofrer um ataque cardíaco. 

Saiba mais sobre qualidade de vida e como ela afeta a saúde em geral nessa entrevista do Dr. Dráuzio Varella:

O que fazer para ter mais qualidade de vida e saúde mental?

Como foi observado ao longo do artigo, uma vida saudável e com qualidade requer o equilíbrio entre mente, corpo e vários outros setores importantes, como trabalho, família, sociedade etc.

Para conseguir esse equilíbrio é importante manter sentimentos positivos consigo, com os outros e com a vida, aceitando-se e aceitando as outras pessoas com suas qualidades e limitações. 

Você pode fazer muitas coisas para ajudar a manter-se mentalmente saudável, melhorar sua forma de encarar a vida e sua convivência com as pessoas que fazem parte dela. 

Confira algumas das nossas dicas para ter mais qualidade de vida e saúde mental:  

1) Durma bem (dentro das suas possibilidades)

A falta de noites bem dormidas pode levar a transtornos como ansiedade e depressão. Isso acontece porque o sono ajuda a regular substâncias em nosso cérebro responsáveis por gerenciar nossos humores e emoções.

Ou seja, em prol de sua saúde mental, tente ter pelo menos 6 horas restauradoras de sono

2) Mantenha uma dieta nutritiva

Comer bem não é importante para o corpo e para a mente. Certas deficiências de minerais, como ferro e vitamina B12, por exemplo, podem nos deixar de mau humor. 

Portanto, tente comer corretamente, dando preferência a alimentos nutritivos como legumes, verduras, frutas, fontes magras de proteína e evite frituras, fast foods etc.

Também é importante se hidratar, ingerindo bastante líquido, principalmente água e sucos naturais sem adição de açúcar.

Além disso, se você é uma pessoa particularmente estressada ou ansiosa, tente limitar ou eliminar a cafeína, pois isso pode fazer você se sentir nervoso.

Veja: 10 dicas para uma dieta uma alimentação saudável

3) Evite álcool e cigarro

Geralmente, beber socialmente e fumar não são associados a sintomas de abstinência, mas a verdade é que podem sim afetar a sua saúde mental. 

Quando você toma alguns drinques, por exemplo, pode se sentir mais deprimido e ansioso no dia seguinte e pode ser mais difícil se concentrar. 

Beber em excesso por períodos prolongados pode causar uma deficiência de tiamina. 

Esta é uma substância importante para a função cerebral e a falta dela pode levar a problemas graves de memória, coordenação motora e confusão mental.

Se você fuma, nos intervalos entre um cigarro e outro, provavelmente você se sente irritado e ansioso.

4) Obtenha bastante luz solar

A luz solar é uma ótima fonte de vitamina D, substância realmente importante para um corpo e mente saudáveis. 

A vitamina D ajuda o cérebro a liberar substâncias químicas que melhoram o humor, como endorfinas e serotonina, e ajuda na absorção do cálcio pelo organismo.

Isso é tão importante que, durante o inverno, algumas pessoas ficam deprimidas porque não recebem luz solar suficiente, isso é conhecido como transtorno afetivo sazonal (SAD). 

Pelo menos 20 minutos de exposição ao sol por dia já ajudam. Se sua rotina for complicada e você sai muito cedo de casa e só volta mais tarde, pode tentar fazer isso durante alguns intervalos no trabalho, por exemplo.

O sol é bom e faz falta sim, só não abuse dele. Prefira o início da manhã e final da tarde e, em períodos prolongados de exposição, use filtro solar.   

5) Gerencie seus problemas e emoções

O estresse é inevitável, mas reconhecer o que o desencadeia e saber lidar com isso é essencial para manter uma boa saúde mental. 

Tente gerenciar suas responsabilidades fazendo uma lista ou um cronograma de quando você pode resolver cada problema. 

Muitas vezes, se você quebrar suas preocupações e tensões, anotando-as e organizando-as, percebe que elas são administráveis. 

6) Movimente-se

Praticar um exercício físico também é essencial para manter uma boa saúde mental. 

Ser ativo gera autoconfiança, melhora a autoestima e ajuda o corpo a produzir substâncias que o deixam de bom humor. 

Além disso, o exercício ajuda a afastar a ansiedade, o estresse e a sensação de cansaço e preguiça.

E, para isso, você não precisa correr uma maratona, uma curta caminhada ou outra atividade suave pode ajudar.

Veja dicas de como sair do sedentarismo e ter uma vida mais saudável neste artigo.

7) Faça coisas que lhe dão prazer

Tente reservar um tempo para fazer coisas divertidas, que te fazem bem. Dar um passeio, pintar ou assistir a um seriado, seja o que for, apenas se permita alguns momentos de distração. 

Quando deixamos de fazer as coisas das quais gostamos, tendemos a nos tornar irritados e infelizes.

8) Conecte-se com outras pessoas e seja sociável

Faça um esforço para manter bons relacionamentos e converse com as pessoas sempre que tiver chance. 

Sentir que você faz parte de uma comunidade é realmente importante para a sua saúde mental.  

9) Seja prestativo e solidário

Ajudar os outros não é bom apenas para quem está recebendo ajuda, é bom para você também, pois faz com que se sinta útil e em paz com seu lugar no mundo. 

Você pode tentar se voluntariar para uma instituição de caridade local ou apenas auxiliar um vizinho com algo de que necessite.

10) Saiba reconhecer quando precisa de ajuda

Uma das maneiras mais importantes de manter-se mentalmente saudável é reconhecer quando não está se sentindo bem e saber quando pedir ajuda. 

Não há vergonha em pedir apoio a alguém se você estiver se sentindo triste ou estressado, todo mundo passa por períodos assim.

Você pode tentar falar com seus amigos ou familiares ou, se você acha que já não consegue administrar seus sentimentos, pode recorrer à ajuda profissional, como de um psicólogo por exemplo.

Além de adotar medidas para melhorar sua qualidade de vida e saúde mental, cuide de sua saúde física, consultando seu médico regularmente e realizando os testes por ele solicitados para saber se anda tudo bem com você.

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