Entenda como funcionam os 4 principais tratamentos para tumor cerebral [+ 4 dicas para lidar com a doença]
Os tratamentos para tumor cerebral vão depender de seu tipo, tamanho e localização, bem como a idade e saúde geral do paciente. Geralmente são tratados com cirurgia, radioterapia e quimioterapia e, se houver necessidade, vários desses métodos são empregados em conjunto.
No artigo, vamos abordar detalhadamente os diferentes tratamentos para tumor cerebral, além de falar sobre a reabilitação pós-tratamento e a melhor maneira de lidar com a doença. Acompanhe!
Tratamentos para tumor cerebral
Estabelecer o seu tipo de tratamento pode ser uma situação difícil e assustadora, já que você precisa tomar decisões críticas sobre o seu futuro em pouco tempo.
Por isso é importante trabalhar em conjunto com sua equipe médica, a fim de determinar o melhor caminho para restabelecer sua saúde.
Converse com seus médicos, faça muitas perguntas, tente esclarecer todas as dúvidas com relação às opções de tratamento, como por exemplo:
- procedimento,
- preparo,
- riscos,
- contra-indicações etc.
Ao decidirem entre os tratamentos para tumor cerebral, os profissionais de saúde levam em consideração diversos fatores, entre os quais:
- idade, saúde geral e histórico médico do paciente;
- o tipo, localização e tamanho do tumor;
- qual a probabilidade de o tumor se espalhar ou se repetir;
- a tolerância do paciente a medicamentos, procedimentos ou terapias específicas.
Antes de iniciar a terapia definida, a maioria dos pacientes recebe esteroides, medicamentos que aliviam o inchaço ou o edema, além de anticonvulsivantes para prevenir ou controlar convulsões.
Se houver hidrocefalia, pode ser necessário drenar o líquido cefalorraquidiano. Para isso, um tubo é colocado em um ventrículo do cérebro e depois enfiado sob a pele em outra parte do corpo, geralmente o abdômen, que absorve o excesso de líquido.
Frequentemente, os tumores de baixo grau (graus I e II), que não são agressivos, são tratados apenas com monitoramento ou cirurgia.
Embora todos sejam monitorados com constância, os tumores de grau II são observados mais de perto após a operação e ao longo do tempo para garantir que não haja recorrência.
Os tumores de grau superior (grau III e IV), que são malignos e podem crescer rapidamente, são mais difíceis de remover e requerem tratamentos adicionais além da cirurgia, como radiação e quimioterapia.
Saiba mais sobre os tipos e os graus de tumor cerebral neste artigo.
Confira mais detalhes sobre os tratamentos para tumor cerebral:
1) Cirurgia
O tratamento mais usado para a maioria dos tumores cerebrais é a cirurgia. Se o tumor estiver localizado em uma região que o torne acessível para uma operação, o cirurgião vai tentar removê-lo o máximo possível.
Em alguns casos, os tumores são pequenos e fáceis de separar do tecido cerebral circundante, o que torna possível a remoção cirúrgica completa.
Em outros, eles não podem ser separados do tecido circundante ou estão localizados perto de áreas sensíveis do cérebro, tornando a cirurgia arriscada.
Entretanto, mesmo remover apenas parte do tumor cerebral pode ajudar a reduzir seus sinais e sintomas, aliviando a pressão no cérebro. Além disso, também reduz a área a ser tratada por radioterapia ou quimioterapia.
Alguns tumores não podem ser removidos de nenhuma maneira. Nesses casos, seu médico pode fazer apenas uma biópsia para determinar o tipo de células que ele contém, ajudando a decidir qual tratamento utilizar.
Para remover um tumor cerebral, um neurocirurgião faz uma abertura no crânio, em um procedimento conhecido como craniotomia. Conheça os detalhes no vídeo abaixo:
A cirurgia acarreta riscos, como infecção e sangramento e outras complicações, dependendo da parte do cérebro em que o tumor está localizado.
Por exemplo, a cirurgia em um tumor próximo aos nervos que se conectam aos seus olhos pode representar um risco de perda da visão.
Veja no vídeo quais são as principais complicações da cirurgia para tratamento de tumor cerebral:
2) Radioterapia
A radioterapia é o uso de raios de alta potência para danificar as células cancerígenas e impedi-las de crescer.
É frequentemente usada para destruir tecido tumoral que não pode ser removido com cirurgia ou para matar células cancerígenas que podem permanecer após a operação.
Uma das formas mais comuns de administrar esse tipo de terapia é por via externa, na qual o foco de radiação vem de uma grande máquina.
Nesse caso, o esquema de tratamento depende do tipo e tamanho do tumor e da idade do paciente, mas geralmente acontece cinco dias por semana, durante várias semanas.
A administração da dose total de radiação por um período prolongado ajuda a proteger tecidos saudáveis próximos à área do tumor.
A radiação externa pode ser direcionada apenas para o tumor, para o tecido circundante ou para o cérebro inteiro, principalmente quando há vários pequenos tumores espalhados pela região cerebral.
Em casos muito raros, a radiação pode ser colocada dentro do corpo do paciente, próxima ao tumor cerebral (braquiterapia e tratamento com radioisótopos).
Os efeitos colaterais da terapia de radiação dependem do tipo e dose de radiação que você recebe. Os mais comuns durante ou imediatamente após a radioterapia incluem:
- fadiga,
- dores de cabeça,
- perda de memória
- irritação no couro cabeludo.
3) Radiocirurgia
A radiocirurgia estereotáxica não é uma forma de cirurgia no sentido tradicional. Em vez disso, o procedimento usa vários feixes de radiação, de uma forma altamente focada, para matar as células tumorais em uma pequena área.
Cada feixe isolado não é particularmente poderoso, mas o ponto em que todos eles se encontram recebe uma dose alta de radiação para matar as células tumorais.
A radiocirurgia é mais indicada para tumores pequenos e que são facilmente visualizados em exames como a tomografia e a ressonância magnética.
Enquanto a radioterapia convencional precisa de várias sessões para dar resultado (pode chegar a 40), a radiocirurgia é realizada em cinco sessões ou menos.
Outros benefícios da radiocirurgia são:
- Raios de alta energia são direcionados para o tumor de vários ângulos, dessa maneira, uma alta dose de radiação o atinge sem danificar outro tecido cerebral.
- Não há cortes, portanto o paciente não necessita de recuperação pós-cirúrgica;
- O paciente geralmente pode voltar à sua rotina normal no dia seguinte ao procedimento.
4) Quimioterapia
A quimioterapia usa drogas para matar células cancerígenas.
Os medicamentos quimioterápicos podem ser tomados por via oral, em forma de pílula, injetados na veia (por via intravenosa) ou músculo.
Há ainda a quimioterapia intratecal, que envolve a injeção de drogas no líquido cefalorraquidiano.
Os avanços na quimioterapia ainda incluem a colocação direta dos medicamentos na cavidade do tumor, usando uma nova técnica chamada de entrega por convecção melhorada.
A quimioterapia é geralmente administrada em ciclos. Um período de tratamento é seguido por um período de recuperação, depois outro período de tratamento e assim por diante.
Os pacientes geralmente não precisam ficar no hospital e a maioria dos medicamentos pode ser administrada em consultório ou clínicas.
No entanto, dependendo das drogas utilizadas, da forma como são administradas e da saúde geral do paciente, pode ser necessário um curto período de internação.
Os efeitos colaterais da quimioterapia dependem do tipo e dose dos medicamentos que você recebe, geralmente podendo causar:
- náusea,
- vômito
- perda de cabelo.
O tipo de tumor cerebral e das células tumorais podem determinar se a quimioterapia será útil.
Reabilitação após os tratamentos para tumor cerebral
Como os tumores cerebrais podem se desenvolver em partes do cérebro que controlam habilidades motoras, fala, visão e pensamento, a reabilitação pode ser uma parte necessária da recuperação.
Dependendo das suas necessidades, seu médico pode encaminhá-lo para:
- Fisioterapia para ajudá-lo a recuperar habilidades motoras perdidas ou força muscular;
- Terapia ocupacional para ajudá-lo a voltar às suas atividades diárias normais, incluindo trabalho;
- Terapia com especialistas em fala (fonoaudiólogos) se você tiver dificuldade em se comunicar;
- Explicações para crianças em idade escolar para ajudá-las a lidar com as mudanças na memória e no pensamento após um tumor cerebral.
Dicas para lidar com o tumor cerebral
Um diagnóstico de um tumor cerebral pode ser assustador e pode fazer você sentir que tem pouco controle sobre sua saúde e sua vida.
Mas você pode tomar algumas medidas para lidar com o choque e a dor que podem surgir. Considere tentar:
1) Pesquisar e aprender sobre a doença
Aprenda o máximo possível sobre tumores cerebrais para que possa tomar as melhores decisões sobre seus cuidados.
Pergunte ao seu médico sobre o seu tipo específico de tumor, incluindo suas opções de tratamento e, se quiser, seu prognóstico.
À medida que aprende mais sobre a doença, você se torna mais confiante para decidir sobre os tratamentos para tumor cerebral.
2) Manter amigos e familiares próximos
Amigos e familiares podem fornecer o apoio prático de que você precisa, como ajudar a cuidar de sua casa, se você estiver no hospital.
E eles podem servir como apoio emocional quando você se sentir sobrecarregado pelo câncer.
3) Encontrar alguém para conversar
Encontre um bom ouvinte para falar sobre suas esperanças e medos. Pode ser um amigo, membro da família ou até algum conselheiro espiritual.
A preocupação e o entendimento de um profissional, como um psicólogo, assistente social ou até mesmo algum grupo de apoio ao câncer também podem ser úteis.
4) Cuidados paliativos
Quando é improvável que uma pessoa viva por mais de seis meses, recomenda-se frequentemente cuidados paliativos.
Esse tipo de cuidado envolve o atendimento de todos os aspectos das necessidades de um paciente e de sua família, reduzindo significativamente o sofrimento de todos.
Agora que você já sabe quais são os tratamentos para tumor cerebral, acesse o site Eigier Diagnósticos e pré-agende o seu exame para garantir um diagnóstico eficaz, que vá auxiliá-lo na melhor escolha de tratamento.
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