Exames para detectar fibromialgia: saiba quais são e se realmente funcionam

A fibromialgia é uma doença crônica caracterizada por crises prolongadas de dor e sensibilidade ao toque. Essa é uma condição de difícil diagnóstico, por ter sintomas parecidos com de outras doenças e pela falta de exames para detectar fibromialgia

Continue lendo para saber como essa síndrome, que afeta cerca de 5 milhões de brasileiros, é diagnosticada!

Qual exame detecta fibromialgia?

Por enquanto, não existem exames para detectar fibromialgia. Há apenas a expectativa de um novo exame de sangue, mas que ainda está em estudo.

Até o momento, o diagnóstico é realizado baseado nos sintomas e em um exame físico, feito pelo médico, que identifica cerca de 18 pontos de dor.

Os pontos dolorosos que caracterizam a fibromialgia podem ser observados na figura abaixo:

Porém, o que dificulta o diagnóstico da fibromialgia é o fato de que essas dores podem decorrer de condições que atingem articulações e músculos, ou outras doenças com sintomas parecidos, entre elas: 

  • hipotireoidismo;
  • doenças autoimunes;
  • doenças reumáticas 
  • e distúrbios primários do sono.

Por isso, para ter certeza se uma pessoas é ou não fibromiálgica, é fundamental realizar testes laboratoriais e de imagem que descartem outras possibilidades de diagnóstico.

Novo exame de sangue pode diagnosticar fibromialgia

Em 2019, pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, sinalizaram a possibilidade de um exame de sangue capaz de detectar a fibromialgia de forma precisa.

Os testes foram realizados em um grupo com 121 pacientes, sendo que 50 deles tinham fibromialgia confirmada e os demais apresentavam doenças com sintomas semelhantes. 

O estudo, que aparece no Journal of Biological Chemistry, mostra evidências de que a fibromialgia pode ser detectada com segurança em amostras de sangue, através da identificação de biomarcadores específicos dessa condição.

Essas “impressões digitais metabólicas”, diferenciam claramente as amostras de sangue dos pacientes com fibromialgia daqueles com outros distúrbios semelhantes.

Método utilizado no estudo

O método utilizado para identificar e diferenciar esses biomarcadores foi a espectroscopia vibracional, técnica capaz de medir as ligações químicas e os níveis de energia das moléculas. 

Primeiro, os pesquisadores analisaram amostras de sangue de participantes cujo status da doença eles conheciam, para que pudessem desenvolver um padrão de linha de base para cada diagnóstico. 

Em seguida, usando dois tipos de espectroscopia, eles avaliaram o restante das amostras cegamente, sem conhecer o diagnóstico dos participantes, e agruparam com precisão cada participante do estudo na categoria de doença apropriada, com base em uma assinatura molecular.

Expectativas

Segundo os pesquisadores responsáveis pelo estudo, a descoberta pode ser um ponto de virada importante no atendimento a esses pacientes.

Além de melhorar seu diagnóstico, a identificação de biomarcadores da fibromialgia pode auxiliar na identificação de sintomas específicos da doença e ajudar no desenvolvimento de tratamentos direcionados. 

Para confirmar os resultados, a ideia era iniciar um segundo estudo envolvendo um grupo maior de pessoas (150 a 200).

A expectativa é de que o novo exame de sangue que pode detectar a fibromialgia esteja disponível para uso nos próximos cinco anos.

Sobre a fibromialgia

A fibromialgia é uma doença crônica, ou seja, não tem cura, e tem como principal característica crises intensas e prolongadas de dor em vários pontos do corpo.

De acordo com dados da American Society of Interventional Pain Physicians (ASIPP), essa condição atinge de 2 a 10% da população mundial. 

No Brasil, a doença afeta cerca de 3% da população, aproximadamente 5 milhões de pessoas, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).

A fibromialgia predomina entre mulheres de 20 a 50 anos, em uma proporção de sete mulheres para cada homem.

Os principais pontos dor e sensibilidade são: 

  • a coluna cervical;
  • a coluna torácica;
  • os cotovelos;
  • as nádegas;
  • a bacia
  • e os joelhos.

Além disso, fibromiálgicos sentem extrema sensibilidade ao toque e outros estímulos como mudanças de temperatura, claridade e até sons e cheiros. 

Outros problemas comuns em quem tem essa condição são: 

  • dificuldade para dormir; 
  • depressão 
  • e ansiedade 

Segundo a Associação Americana de Ansiedade e Depressão, cerca de 20% dos fibromiálgicos têm um ou mais desses distúrbios.

Apesar de não ter cura, o gerenciamento correto da fibromialgia, é capaz de devolver a qualidade de vida dos pacientes.

Isso é conseguido através de:

Saiba mais sobre a fibromialgia e exames para detectar, no vídeo abaixo:

A fibromialgia pode gerar complicações que afetam seriamente a qualidade de vida das pessoas. Porém, com um diagnóstico adequado e precoce, é possível voltar a ter uma vida saudável e ativa.

Se você acha que tem sintomas dessa síndrome, procure seu médico o mais rápido possível e realize os exames para detectar fibromialgia. Assim, você pode começar a gerenciar os sintomas e melhorar sua qualidade de vida.

Além disso, lembre-se que consultar um profissional de saúde e realizar exames de rotina é fundamental para cuidar de sua saúde e estar sempre um passo à frente de possíveis complicações.

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